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Ajustes podem ser negociados com centrais, diz ministro

Segundo o ministro Miguel Rossetto, o governo está aberto a discutir o conteúdo dos "ajustes" com sindicalistas desde que mantido o direcionamento das medidas

Miguel Rossetto: "O que me parece importante é abrirmos o debate sobre conteúdo" (Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados/Fotos Públicas)
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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2015 às 20h41.

São Paulo - O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, afirmou na noite desta segunda-feira, 19 que a reunião com líderes sindicais em São Paulo foi um importante passo de abertura do diálogo em relação às medidas provisórias relacionadas à Previdência Social, ao seguro-desemprego e ao seguro defeso.

Questionado durante coletiva após a reunião, Rossetto respondeu não haver pontos inegociáveis.

Segundo ele, o governo está aberto a discutir o conteúdo dos "ajustes" com sindicalistas desde que mantido o direcionamento das medidas.

"O que me parece importante é abrirmos o debate sobre conteúdo. Nós abrimos essa negociação. O que queremos é preservar o sentido dessas medidas", afirmou.

Coube a Rossetto ser o porta-voz do governo após o fim da reunião que durou mais de duas horas e teve momentos de tensão, segundo fontes.

Além dele, pelo lado do governo participaram os ministros da Previdência Social, Carlos Gabas; do Planejamento, Nelson Barbosa; e do Trabalho e Emprego, Manoel Dias.

Rossetto informou que, neste momento, o governo não estuda outras medidas no setor trabalhista, mas ressalvou que é responsabilidade da União continuar pensando na sustentabilidade dos fundos e da rede de proteção ao trabalhador no longo prazo.

"Nossos fundos são sólidos, mas o governo tem responsabilidade de pensar no médio e longo prazo (a sustentabilidade do sistema). Como eu expliquei, a base previdenciária passou por mudanças positivas e enormes."

Rossetto destacou a formalização do emprego, a valorização do salário mínimo e o aumento da expectativa de vida dos brasileiros nas últimas décadas como razões do governo para direcionar os ajustes.

"As mudanças estruturais no Brasil exigem atualização do sistema de sustentação da rede de proteção ao trabalhador", afirmou.

O ministro disse que ainda que dúvidas técnicas persistiram entre os representantes das centrais sindicais e que, por esse motivo, serão importantes as reuniões técnicas agendadas para a semana que vem.

Rossetto fez questão de repetir também que as medidas anunciadas até aqui não atingem atuais pensionistas, mas apenas futuros beneficiários.

Sobre as demais pautas apresentadas pelas sindicais desde a campanha eleitoral, Rossetto disse apenas que serão discutidas no futuro.

Os líderes das centrais sindicais, que falaram um pouco antes do ministro, disseram que vão insistir na revogação ou ao menos na mudança de conteúdo das Medidas Provisórias 664 e 665, de forma a impactarem menos os direitos dos trabalhadores .

Eles mostraram-se também contrariados com medidas anunciadas no início da noite pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, como a retomada da cobrança da Cide sobre a gasolina e aumento do IOF sobre operações de crédito, que, segundo eles, terão impacto sobre o consumo e, consequentemente, sobre o mercado de trabalho.

As centrais planejam uma manifestação contra medidas anunciadas pelo governo para o próximo dia 28.

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São Paulo - O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, afirmou na noite desta segunda-feira, 19 que a reunião com líderes sindicais em São Paulo foi um importante passo de abertura do diálogo em relação às medidas provisórias relacionadas à Previdência Social, ao seguro-desemprego e ao seguro defeso.

Questionado durante coletiva após a reunião, Rossetto respondeu não haver pontos inegociáveis.

Segundo ele, o governo está aberto a discutir o conteúdo dos "ajustes" com sindicalistas desde que mantido o direcionamento das medidas.

"O que me parece importante é abrirmos o debate sobre conteúdo. Nós abrimos essa negociação. O que queremos é preservar o sentido dessas medidas", afirmou.

Coube a Rossetto ser o porta-voz do governo após o fim da reunião que durou mais de duas horas e teve momentos de tensão, segundo fontes.

Além dele, pelo lado do governo participaram os ministros da Previdência Social, Carlos Gabas; do Planejamento, Nelson Barbosa; e do Trabalho e Emprego, Manoel Dias.

Rossetto informou que, neste momento, o governo não estuda outras medidas no setor trabalhista, mas ressalvou que é responsabilidade da União continuar pensando na sustentabilidade dos fundos e da rede de proteção ao trabalhador no longo prazo.

"Nossos fundos são sólidos, mas o governo tem responsabilidade de pensar no médio e longo prazo (a sustentabilidade do sistema). Como eu expliquei, a base previdenciária passou por mudanças positivas e enormes."

Rossetto destacou a formalização do emprego, a valorização do salário mínimo e o aumento da expectativa de vida dos brasileiros nas últimas décadas como razões do governo para direcionar os ajustes.

"As mudanças estruturais no Brasil exigem atualização do sistema de sustentação da rede de proteção ao trabalhador", afirmou.

O ministro disse que ainda que dúvidas técnicas persistiram entre os representantes das centrais sindicais e que, por esse motivo, serão importantes as reuniões técnicas agendadas para a semana que vem.

Rossetto fez questão de repetir também que as medidas anunciadas até aqui não atingem atuais pensionistas, mas apenas futuros beneficiários.

Sobre as demais pautas apresentadas pelas sindicais desde a campanha eleitoral, Rossetto disse apenas que serão discutidas no futuro.

Os líderes das centrais sindicais, que falaram um pouco antes do ministro, disseram que vão insistir na revogação ou ao menos na mudança de conteúdo das Medidas Provisórias 664 e 665, de forma a impactarem menos os direitos dos trabalhadores .

Eles mostraram-se também contrariados com medidas anunciadas no início da noite pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, como a retomada da cobrança da Cide sobre a gasolina e aumento do IOF sobre operações de crédito, que, segundo eles, terão impacto sobre o consumo e, consequentemente, sobre o mercado de trabalho.

As centrais planejam uma manifestação contra medidas anunciadas pelo governo para o próximo dia 28.

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