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AGU propõe fundo da Lava Jato de R$ 500 milhões para Amazônia

A AGU defendeu que uma parcela de 500 milhões de reais seja destinada à floresta amazônica, que tem sofrido com queimadas

Amazônia: AGU defendeu a destinação inicial de 500 milhões de reais para preservar a floresta (Bruno Kelly/File Photo/Reuters)

Amazônia: AGU defendeu a destinação inicial de 500 milhões de reais para preservar a floresta (Bruno Kelly/File Photo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 28 de agosto de 2019 às 08h46.

Última atualização em 28 de agosto de 2019 às 13h33.

A Advocacia-Geral da União (AGU) defendeu na noite de terça-feira, em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a destinação inicial de 500 milhões de reais para preservar a floresta amazônica oriundos do fundo de dinheiro recuperado pela operação Lava Jato.

O ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou na semana passada que a AGU, a Procuradoria-Geral da República e o Ministério da Economia se manifestassem sobre sugestão apresentada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para que recursos do fundo — formado por 2,5 bilhões de reais oriundos de multas-- possam ser usados em ações na Amazônia.

A AGU defendeu que uma parcela de 500 milhões de reais seja destinada à floresta amazônica, que tem sofrido com queimadas e desmatamentos, e que a maior parte do fundo tenha como destino a educação infantil.

"Assim, considerando a busca de harmonização entre o interesse das crianças brasileiras e sem prejudicar a efetividade das medidas buscadas no sentido de se preservar a Floresta Amazônica, patrimônio de todos os brasileiros, a União propõe a destinação inicial do valor de 500 milhões de reais para esta finalidade", disse a AGU em manifestação enviada ao ministro Alexandre de Moraes.

A AGU destacou ainda que na semana passada o presidente Jair Bolsonaro editou decreto para a Garantia da Lei e da Ordem para a defesa da Amazônia, a chamada GLO Ambiental, o que "demonstra o compromisso do governo brasileiro com a defesa integral e irrestrita da Floresta Amazônica", segundo o órgão.

"Isso significa que, em havendo necessidade, as autoridades brasileiras estarão atentas inclusive para a necessidade de abrir crédito extraordinário para a defesa da Floresta Amazônica, além dos recursos já disponíveis."

Na segunda-feira, quando do envio de seu próprio parecer ao Supremo, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, opinou que 1,2 bilhão de reais do fundo seja destinado à proteção da floresta amazônica, dos quais 1 bilhão de reais para financiar ações de proteção ambiental distribuídos por diversos órgãos e outros 200 milhões de reais voltadas ao descontingenciamento de recursos. A maior parte dos recursos, de 1,3 bilhão de reais, ela sugere que seja repassado para ações na área de educação.

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