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Agentes iniciarão na segunda greve em presídios de SP

O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo (Sindasp), Daniel Grandolfo, diz que a maioria das unidades já aderiu ao movimento


	Prisão: se sobram presos, segundo presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo, faltam agentes
 (Giuseppe Cacace/AFP)

Prisão: se sobram presos, segundo presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo, faltam agentes (Giuseppe Cacace/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2014 às 17h07.

Araçatuba - A superlotação nos presídios, a falta de funcionários e a luta pelo cumprimento da pauta de reivindicações da categoria levaram os agentes penitenciários de São Paulo a iniciar uma greve nas 158 unidades penitenciárias do Estado a partir de segunda-feira, 10.

O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo (Sindasp), Daniel Grandolfo, diz que a maioria das unidades já aderiu ao movimento, que será por tempo indeterminado.

Grandolfo afirma que as condições de trabalho dos agentes são precárias, especialmente por conta do excesso de lotação dos presídios pela falta de pessoal.

Segundo ele, as unidades estão com população de presos três vezes acima da capacidade, como o CDP 1, de Pinheiros (SP), cuja capacidade é para 844 pessoas mas estava com 2.536 presos na sexta-feira, 7.

Se sobram presos, segundo Grandolfo, faltam agentes: "Em São Vicente, a unidade é para 768 detentos e 165 agentes. Mas hoje ela está com 2.800 detentos e apenas 90 agentes trabalhando", contou.

A categoria também quer que o governo cumpra a pauta de reivindicações. Os principais pedidos são: redução de oito para seis as classes na carreira, pagamento de auxílio alimentação para todos os agentes e legalização do bico para os que trabalham em dias de folga em suas unidades.

"Queremos que se reduza as classes para que todos tenham chance de promoção antes da aposentadoria. Do jeito que está hoje, o agente nunca chega ao pico da sua carreira", diz. Segundo Grandolfo, apenas 30% dos agentes recebem vale-refeição e todos são obrigados a trabalhar nas folgas sem receber por isso.

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