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Agentes da PF fazem paralisação

Mais de 6,5 mil agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal fazem protesto por reajuste salarial e melhores condições de trabalho


	Protesto de policiais: de acordo com o presidente da Fenapef, a paralisação não atinge serviços como emissão de passaporte, plantão nas delegacias e fiscalização nos aeroportos (Agência Brasil)

Protesto de policiais: de acordo com o presidente da Fenapef, a paralisação não atinge serviços como emissão de passaporte, plantão nas delegacias e fiscalização nos aeroportos (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2014 às 10h47.

Brasília - Mais de 6,5 mil agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal aderiram hoje (11) ao dia de paralisação proposto pela Federação Nacional dos Policiais Federal (Fenapef) e pelos sindicados da categoria nos 26 estados e no Distrito Federal em protesto por reajuste salarial e melhores condições de trabalho.

De acordo com o presidente da Fenapef, Jones Leal, a paralisação, no entanto, não atinge serviços como emissão de passaporte, plantão nas delegacias e fiscalização nos aeroportos.

“Acreditamos que entre 60% e 70% do efetivo esteja paralisado no dia de hoje. Esse movimento não visa atrapalhar o dia a dia da sociedade. Estão paradas todas as investigações, as delegacias de entorpecentes, fazendária, marítima”, explicou Leal à Agência Brasil.

Uma nova paralisação está programada para os dias 25 e 26 de fevereiro.

Em Brasília, os agentes estão concentrados em frente ao edifício sede da PF.

Em referência ao Dia do Enfermo, os manifestantes usaram máscaras cirúrgicas e um policial foi enrolado com ataduras e deitado em uma maca para receber soro.

“A Polícia Federal está na UTI [Unidade de Terapia Intensiva]. Copa [do Mundo] padrão Fifa, só com Polícia Federal Padrão Fifa”, disse o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal, Flávio Werneck.

Agentes, escrivães e papiloscopistas reclamam que estão recebendo tratamento diferenciado em relação a outras categorias do funcionalismo público federal. Segundo eles, enquanto outros servidores receberam de 20% a 30% de reajuste no ano passado, eles tiveram 15,8% dividido em três anos.


“O salário é apenas um dos itens que compõe as nossas reivindicações. Na verdade, o que mais atrapalha a situação do policial federal hoje é o assédio moral, falta de efetivo, colegas doentes, falta de gestão no órgão. A nossa pauta com o governo é gigantesca”, frisou o presidente da Fenapef.

Jones Leal disse que há um “mito” de que os policias federais recebem altos salários. Segundo ele, atualmente, um agente da PF recebe, em média, R$ 5,5 mil líquidos.

“É um salário razoável, mas o policial tem o risco de morte, dedicação exclusiva, vai para uma fronteira, onde terá que alugar um imóvel e também se distanciar da família.

Ou seja, com isso, logo após assumir as lotações, os novos agentes estão abandonando a carreira”, alertou.

Procurada, a direção da Polícia Federal informou que não vai se manifestar sobre a paralisação. 

Já o Ministério da Justiça, que na semana passada informou que não tinha gerência sobre questões salariais, enviou nota à Agência Brasil informando que as reivindicações salariais da Polícia Federal são de responsabilidade conjunta das pastas da Justiça e do Planejamento.

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