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Aeroviários da Latam ameaçam paralisação às vésperas da Copa

Segundo os sindicalistas, a companhia já tem contratados para a Copa mil voos fretados, inclusive da Europa

Avião da Lan e da TAM: a Latam tem cerca de 55 mil empregados e 700 aviões (Divulgação/Latam)
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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2014 às 21h05.

Rio de Janeiro - Turistas que se preparam para vir ao Brasil durante a Copa do Mundo , principalmente da América Latina, podem sofrer os impactos de uma paralisação na empresa Latam , que reúne a chilena Lan e a brasileira TAM.

Mesmo os passageiros internos correm o risco de serem atingidos por uma eventual greve , pois o sistema aéreo é encadeado e o atraso em um voo acaba prejudicando o outro.

Sindicatos dos empregados do grupo Latam estão reunidos hoje (12) e amanhã (13), na sede da Federação Internacional dos Trabalhadores de Transporte (ITF), no Rio de Janeiro, debatendo os problemas da categoria e definindo o que será feito.

O secretário de Aviação Civil da ITF, Gabriel Mocho, disse que a chance de haver paralisação da categoria, justamente na época da Copa, é real.

“Estamos tentando, nos últimos meses, um diálogo direto com a gerência regional da Latam, para evitar problemas, mas só encontramos negativas da companhia, que não quer dialogar com os sindicatos. Não é nosso desejo afetar os passageiros, ainda mais na Copa do Mundo. Mas o tempo está acabando. [Se não formos recebidos], isso certamente pode levar à paralisação”, advertiu Mocho.

A Latam tem cerca de 55 mil empregados e 700 aviões. Segundo os sindicalistas, a companhia já tem contratados para a Copa mil voos fretados, inclusive da Europa.

Além do Brasil, onde está representada pela TAM, a companhia está presente na Argentina, no Chile, Peru, Equador, Paraguai e na Colômbia.

Os serviços de manutenção das aeronaves estão concentrados no Peru, justamente onde a empresa encontra a maior resistência dos trabalhadores, pelo baixos salários pagos aos mecânicos.

Por mês, os funcionários peruanos são responsáveis pela verificação e conserto de 70 aeronaves, 16 delas da TAM.

Para o presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac), Sérgio Dias, o maior problema é referente aos aeroviários, funcionários que trabalham em terra.

“Os mesmos trabalhadores, em países diferentes [da companhia], recebem quase a metade do salário [em comparação aos outros colegas]. Quanto à TAM, a empresa ainda não fechou a convenção coletiva em relação aos aeroviários. E algumas empresas, ainda que terceirizadas, estão retirando direitos dos trabalhadores, com aumento da carga horária. Esses funcionários são responsáveis pela bagagens, pelos guichês de embarque e pelas rampas, o que pode ocasionar atrasos e até cancelamentos de voos”, disse Dias.

“Existe uma inquietude de todos os aeroviários, não apenas dos ligados à TAM. É um movimento generalizado”.

Procurada, a assessoria de imprensa da TAM divulgou nota de apenas uma linha, sem se posicionar detalhadamente sobre as reivindicações dos trabalhadores: “A TAMinforma que não há ameaça oficial de greve neste momento”.

São Paulo - Embora a construção ou a reforma de estádios para a Copa do Mundo seja encarada como um dos legados que o Mundial deixará para o país, é inegável que as 12 arenas só estão prontas (ou quase) agora por causa do grande evento de junho. Não fosse isso, sabe-se lá quando o Brasil teria estádios modernos - cujos projetos foram feitos, aliás, de forma a atender ao padrão Fifa, que determina, entre outras coisas, o tamanho mínimo daqueles que podem ser palco de jogos especiais, como a abertura e a final.A partir destas considerações, EXAME.com levantou o custo das obras e dividiu pelo número total de jogos que cada estádio vai receber daqui a cerca de três meses. Chega-se, assim, às partidas mais caras da Copa.Sob esta perspectiva, cada jogo no Mané Garrincha, em Brasília , sairá por R 200 milhões.É preciso considerar que esta conta por jogo não inclui nenhum outro gasto além dos colocados diretamente nos estádios. Somados, o custo de todos eles ultrapassou R$ 8 bilhões, mas nem tudo é verba pública.Especialistas temem que alguns dos estádios se tornem elefantes brancos após a Copa, principalmente em lugares sem tradição futebolística. O governo defende, porém, que eles são agora arenas multiuso e que serão economicamente viáveis ao receber, além de jogos de futebol , shows e eventos.  O Mané Garrincha, por exemplo, já recebeu 5 eventos (3 shows internacionais entre eles) desde que foi inaugurado em maio de 2013 (além das partidas de futebol). Atualizado dia 11/3, às 11h45
  • 2. 1º Mané Garrincha (Brasília) - R$ 200 milhões por jogo

    2 /13(Dean Mouhtaropoulos/Getty Images)

  • Veja também

    Custo do estádio: R$ 1,4 bilhão Número de jogos: 7 (incluindo um nas oitavas, semi final e disputa pelo 3º lugar) Jogos da 1ª fase: Suíça x Equador, Colômbia x Costa do Marfim, Camarões x Brasil, Portugal x Gana.
  • 3. 2º Maracanã (Rio de Janeiro) - R$ 170 milhões por jogo

    3 /13(Tânia Rego/ABr)

  • Custo do estádio: R$ 1,19 bilhão Número de jogos: 7 jogos (incluindo um nas oitavas, semi-final e a grande final) Jogos da 1ª fase: Argentina x Bósnia e Herzegovina, Espanha x Chile, Bélgica x Rússia, Equador x França
  • 4. 3º Arena da Amazônia (Manaus) - R$ 167,3 milhões por jogo

    4 /13(REUTERS/Bruno Kelly)

    Custo do estádio: R$ 669,5 milhões Número de jogos: 4 (todos na primeira fase) Jogos da 1ª fase: Inglaterra x Itália, Camarões x Croácia, EUA x Portugal, Honduras x Suiça
  • 5. 4º Arena Pantanal (Cuiabá) - R$ 142,5 milhões

    5 /13(REUTERS/Stringer)

    Custo do estádio: R$ 570 milhões Número de jogos: 4 (todos na primeira fase) Jogos da 1ª fase: Chile x Austrália, Rússia x Coréia do Sul, Nigéria x Bósnia e Herzegovina, Japão x Colômbia.
  • 6. 5º Arena Corinthians (São Paulo) - R$ 136,6 milhões por jogo

    6 /13(Divulgação/ Odebrecht)

    Custo do estádio: R$ 820 milhões Número de jogos: 6 (incluindo um nas oitavas e uma semi-final) Jogos da 1ª fase: Brasil x Croácia, Uruguai x Inglaterra, Holanda x Chile, Coréia do Sul x Bélgica
  • 7. 7º Arena Pernambuco (Recife) - R$ 106,5 milhões por jogo

    7 /13(REUTERS/Ricardo Moraes)

    Custo do estádio: 532,6 milhões Número de jogos: 5 (incluindo uma oitava de final) Jogos da 1ª fase: Costa do Marfim x Japão, Itália x Costa Rica, Croácia x México, EUA x Alemanha.
  • 8. 8º Arena das Dunas (Natal) - R$ 100 milhões por jogo

    8 /13(Portal da Copa)

    Custo do estádio: R$ 400 milhões Número de jogos: 4 (todos na primeira fase) Jogos da 1ª fase: México x Camarões, Gana x EUA, Japão x Grécia, Itália x Uruguai
  • 9. 9º Arena Fonte Nova (Salvador) - R$ 98,6 milhões por jogo

    9 /13(Governo Federal/Portal da Copa)

    Custo do estádio: R$ 591,7 milhões Número de jogos: 6 (incluindo um nas oitavas e um nas quartas-de-final) Jogos da 1ª fase: Espanha x Holanda, Alemanha x Portugal, Suiça x França, Bósnia e Herzegovina x Irã
  • 10. 10º Arena Castelão (Fortaleza) - R$ 96,4 milhões por jogo

    10 /13(Danilo Borges/Portal da Copa)

    Custo do estádio: R$ 518,6 milhões Número de jogos:6 (incluindo um nas oitavas e um nas quartas-de-final) Jogos da 1ª fase: Uruguai x Costa Rica, Brasil x México, Alemanha x Gana, Grécia x Costa do Marfim.
  • 11. 11º Arena da Baixada (Curitiba) - R$ 82,5 milhões por jogo

    11 /13(Divulgação/ CAP)

    Custo do estádio: R$ 330 milhões Número de jogos: 4 (todos na primeira fase) Jogos da 1ª fase: Irã x Nigéria, Honduras x Equador, Austrália x Espanha, Argélia x Rússia.
  • 12. 12º Beira-Rio (Porto Alegre) - R$ 66 milhões por jogo

    12 /13(Evandro Oliveira/PMPA)

    Custo do estádio:R$ 330 milhõesNúmero de jogos: 5 (incluindo um das oitavas de final)Jogos da 1ª fase: França x Honduras, Austrália x Holanda, Coréia do Sul x Argélia, Nigéria x Argentina
  • 13. Veja agora quais são os estádios da Copa que mais utilizaram recursos públicos

    13 /13(Divulgação/ Consórcio Maracanã 2014)

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