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Aeroporto de Guarulhos terá sensores de ponta para revistar passageiros após doação dos EUA

Raio-x duplo e outros aparelhos devem entrar em operação em 2024

Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo (Leandro Fonseca/Exame)

Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo (Leandro Fonseca/Exame)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 28 de agosto de 2023 às 13h18.

O aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, terá novos equipamentos para revistar os passageiros a partir de 2024. Os sensores serão doados pelo governo dos Estados Unidos.

Os novos aparelhos incluem sensores de raio-x de visão dupla, scanner corporal avançado e detectores de traços de explosivos. Esses equipamentos conseguem identificar mesmo itens pequenos, como um papel de chiclete que tenha ficado no fundo do bolso, ou objetos que estejam embaixo da roupa, além de mostrar com precisão em que partes do corpo pode haver elementos suspeitos.

Um memorando para viabilizar a doação foi assinado na sexta (25), entre as autoridades brasileiras e a TSA, entidade que gerencia a segurança nos aeroportos dos EUA. A expectativa é que os equipamentos cheguem até o primeiro semestre de 2024. O aeroporto de Viracopos, em Campinas, também receberá novos sensores.

O custo das doações será financiado pelo Departamento de Contraterrorismo do Departamento de Estado. “Aumentar o nível de segurança em um dos aeroportos mais movimentados, não só do Brasil, mas também da América Latina, significa zelar pela segurança dos cidadãos de todas as nacionalidades que embarcam diariamente. Temos orgulho de ajudar a incluir GRU em um seleto grupo de aeroportos que oferecem um serviço de tecnologia de ponta aos seus usuários”, disse David Hodge, cônsul-geral dos EUA em São Paulo.

Guarulhos é o principal aeroporto internacional do Brasil. Em julho, recebeu 1,2 miilhão de passageiros internacionais e 2,5 milhões de viajantes domésticos. No entanto, o terminal acaba sendo usado por traficantes para tentar embarcar drogas rumo ao exterior. No começo deste ano, duas turistas brasileiras foram presas na Alemanha depois de terem suas malas trocadas por criminosos, na parte interna do aeroporto, por bagagens contendo entorpecentes. Elas foram libertadas e deportadas ao Brasil, após ficarem detidas por 38 dias.

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