Brasil

Aécio questiona Eduardo Jorge sobre recessão

Durante debate, candidato do PSDB exaltou mais uma vez a importância da passagem de FHC pela presidência

Candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, durante debate eleitoral na sede do SBT, em São Paulo (Paulo Whitaker/Reuters)

Candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, durante debate eleitoral na sede do SBT, em São Paulo (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2014 às 19h06.

São Paulo - O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, exaltou mais uma vez a importância da passagem de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) pela presidência e disse que as conquistas do País não seriam as mesmas sem o governo tucano.

"Repito o que disse no último debate, não sou o FHC, lamentavelmente. É importante que reconheçamos o caminho que percorrermos até aqui", disse. "Se não tivesse havido estabilidade do governo FHC não teríamos muitas mudanças", completou.

Questionado pela candidata Luciana Genro (PSOL), durante o debate do SBT, se a política em relação aos aposentados dos tucanos fazia com que eles se aproximassem do governo petista, Aécio disse que está disposto a conversar com os sindicatos para melhorar a situação dos aposentados no País.

"Estamos conversando com sindicatos para garantir reajuste justo aos aposentados"

Aécio reconheceu que FHC "não acertou em tudo" e voltou a atacar a condução da política econômica da presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT).

"Em 2016, por descontrole do governo, não haverá aumento real do salário mínimo", disse. Segundo o tucano, além de um reajuste "mais digno" é preciso controlar a inflação para garantir o poder de compra dos aposentados.

Ao comentar a resposta, Luciana Genro disse que Aécio, Dilma e a candidata Marina Silva (PSB) não vão acabar com o fator previdenciário e "que os três privilegiam bancos e milionários".

O PSOL defende o fim do fator previdenciário. É preciso valorizar aqueles que trabalharam pelo País.

O tucano rebateu e disse que em seu eventual governo ele vai mostrar a "capacidade" de fazer o país voltar a crescer. Segundo ele, o pífio crescimento do PIB e a inflação, "mostram o absoluto descontrole na economia".

Na sequencia, Aécio questionou o candidato do PV, Eduardo Jorge, e voltou a trazer o tema economia. Ele quis saber do candidato se o fato do Brasil entrar em recessão técnica mostrava um "fracasso" do atual governo.

Jorge disse que sim e que esse é o legado do governo petista. O candidato criticou o que chamou de "Bolsa Selic", com juros altos para garantir lucros aos bancos.

Na réplica, Aécio disse concordar com os pontos colocados por Jorge e continuou a atacar a economia. "Crescimento baixo significa que empregos estão indo embora. O Brasil precisa de um novo ciclo de investimento, com controle de inflação", reforçou.

Jorge então ficou surpreso: "Fico surpreso que concorde com a minha bolsa Selic", já que o governo do PSDB foi bastante generoso com bancos.

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