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Aécio Neves avalia debandada no PSDB em SP e culpa Doria por crise: 'Esfacelou o partido'

Deputado federal minimiza saídas, e afirma que sigla tucana passa por 'lipoaspiração' para voltar mais esbelto e com mais força

PSDB: partido era dono, ao lado do PT, da maior bancada no município, com oito vereadores (Wilson Dias/Agência Brasil)

PSDB: partido era dono, ao lado do PT, da maior bancada no município, com oito vereadores (Wilson Dias/Agência Brasil)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 5 de abril de 2024 às 13h24.

Última atualização em 5 de abril de 2024 às 14h31.

O deputado federal Aécio Neves (MG) culpou seu ex-correligionário João Doria pela saída de inúmeros quadros do PSDB. Em um momento de maior protagonismo dentro da Executiva tucana, o ex-senador e presidenciável afirmou que o ex-governador de São Paulo "esfacelou" o partido por conta de um "projeto egocêntrico".

"O PSDB não se fragiliza, o PSDB talvez esteja passando por uma 'lipoaspiração' para voltar mais esbelto e com mais força. A grande verdade é que nós fomos atingidos em 2022 por um tsunami chamado João Doria, que esfacelou o partido na busca de um projeto egocêntrico e que, ao final, nos impediu de ter uma candidatura à Presidência da República. Esse foi o equivoco maior que a direção do partido cometeu", disse o cacique em entrevista à CNN Brasil.

O PSDB de São Paulo, berço do partido, perdeu todos os seus vereadores na Câmara Municipal da capital, e ficou sem representantes na maior Casa Legislativa do país. O partido era dono, ao lado do PT, da maior bancada no município, com oito vereadores. Os políticos vinham expressando descontentamento com a falta de comunicação com a direção partidária. Aécio afirmou que a debandada já era mais do que anunciada.

Doria de fora do PSDB

João Doria anunciou sua desfiliação do PSDB em outubro de 2022, após 22 anos na sigla. O empresário viveu uma meteórica ascensão em seis anos, sendo eleito e reeleito prefeito da capital paulista, e depois governador do estado. De olho na eleição à Presidência em 2022, Doria ganhou as prévias tucanas do governador gaúcho Eduardo Leite, mas não levou a candidatura adiante por resistências internas.

Aécio chamou a decisão do passado de escolher Doria um "equívoco" dentro do partido, que só aumentou a divisão entre os tucanos:

"Esse foi um equívoco maior que a direção do partido, naquele momento [das prévias], cometeu. Hoje nós estamos nos reunificando. A saída dos vereadores já era mais do que anunciada. Esses vereadores foram eleitos pelo PSDB e optaram pelo conforto de sua reeleição junto à máquina pública. O projeto que O PSDB quer encarnar, de centro".

'PSDB se descaracterizou, perdeu a cara'

Em entrevista ao O Globo publicada nesta sexta-feira, o ex-presidente tucano Tasso Jereissati também fez uma avaliação sobre a sigla, apontando que o PSDB perdeu a “cara” e se “descaracterizou” ao longo das últimas eleições.

Afastado da Executiva da sigla, o cacique elencou os erros, como ter atraído muitos nomes ao longo do governo de Fernando Henrique Cardoso que não necessariamente tinham sintonia com a pauta tucana.

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