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Aécio e Dilma duelam sobre corrupção na propaganda da TV

Candidatos se focaram nas recentes denúncias envolvendo políticos e a Petrobras

Presidente Dilma em carro durante campanha em São Paulo nesta terça-feira (Nacho Doce/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2014 às 22h12.

Brasília - O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves , e a presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição, travaram um duelo sobre corrupção no horário eleitoral obrigatório desta terça-feira, tendo como foco as recentes denúncias envolvendo políticos e a Petrobras.

"Eu quero expressar aqui e dividir com você a minha enorme indignação com muita coisa que vem acontecendo no Brasil nos últimos anos", disse Aécio ao abrir seu horário de propaganda na TV.

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"O principal diretor da companhia (Petrobras) diz hoje que financiava a base de apoio da presidente." "A Polícia Federal, não fui eu, a Polícia Federal disse que existe uma organização criminosa atuando no seio da maior empresa brasileira", acrescentou.

"Não dá mais, não dá mais para aguentar e achar que isso é normal, razoável." Dilma, por sua vez, em programa exibido logo após o de Aécio, disse que a corrupção lhe causa "muita revolta e imensa repulsa", argumentando que tem adotado a postura de "tolerância zero" com irregularidades desde o início de seu governo e que adotou medidas para melhorar a fiscalização e controle interno.

"Quanto mais a corrupção aparece, mais parece que ela cresce. E quando se oculta, se abafa, se engaveta, se cria a ilusão que ela não existe. Na verdade é o contrário... se nada se investiga, nada se descobre", disse a presidente.

"A gente não tem de ter medo de ir fundo. Porque a verdade liberta, enquanto a mentira cria a falsa ilusão de que tudo está bem. Mas também precisamos ficar atentos, porque a demagogia cria a falsa impressão de que tudo piora."

Reportagem da revista Veja desta semana aponta, com base em vazamento de depoimento do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, a existência de um suposto esquema de corrupção na empresa que envolveria diversos parlamentares da base do governo, governadores e um ministro.

No fim de semana de divulgação da revista, o tucano já havia classificado em entrevistas as novas denúncias de "mensalão 2", em referência a escândalo que eclodiu no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Já a presidente disse a jornalistas que tomará as providências "cabíveis", mas apenas após ter acesso oficialmente às informações. A Petrobras também foi tema de parte do programa eleitoral de Marina Silva (PSB) na tarde e na noite desta terça-feira.

A presidenciável criticou indicações políticas para cargos de direção na estatal e propôs refazer o plano estratégico da empresa. "Precisamos recuperar a Petrobras para os brasileiros", disse a ex-senadora.

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