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Aécio discute sucessão em BH com tucanos

Depois de apoiar Lacerda nas eleições de 2014, Aécio vem encontrando dificuldades entre os próprios correligionários para repetição da aliança


	Sucessão: depois de apoiar Lacerda nas eleições de 2014, Aécio vem encontrando dificuldades entre os próprios correligionários para repetição da aliança
 (Carlos Becerra / AFP)

Sucessão: depois de apoiar Lacerda nas eleições de 2014, Aécio vem encontrando dificuldades entre os próprios correligionários para repetição da aliança (Carlos Becerra / AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de março de 2016 às 09h30.

Belo Horizonte - O senador Aécio Neves (PSDB-MG) esteve na segunda-feira, 7, em Belo Horizonte, onde se encontrou com correligionários para discutir a sucessão do prefeito da capital, Marcio Lacerda (PSB).

Depois de apoiar Lacerda nas eleições de 2014, Aécio vem encontrando dificuldades entre os próprios correligionários para repetição da aliança.

Os correligionários do senador pressionam pelo lançamento de um nome do partido à prefeitura. Lacerda não participou do encontro na segunda-feira.

"Nossa intenção é que nessa aliança possa estar o prefeito Marcio Lacerda, que também é parte deste grupo político. Porque a eleição de Belo Horizonte, além de permitir a continuidade dos avanços que a cidade vem tendo, ela sinalizará de forma muito clara para que possamos derrotar em 2018 o PT e tudo aquilo que ele representa em Minas e no Brasil", disse o senador tucano.

Ele chamou de "ataque" as declarações do ex-ministro da Secretaria-Geral da presidente Dilma Rousseff (PT) Gilberto Carvalho, que, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, afirmou que o parlamentar mineiro é bancado pela construtora Andrade Gutierrez, investigada pela Operação Lava Jato.

O tucano, que afirmou estar se preparando para participar do protesto contra o governo federal, no próximo domingo, reclamou da possibilidade de apoiadores do PT de marcar uma manifestação para o mesmo dia. "Não aceitaremos provocação, mas não nos intimidaremos. Estaremos nas ruas defendendo um novo Brasil e um novo governo."

Ataque

Sobre Gilberto Carvalho, o parlamentar afirmou se tratar de "figura de menor estatura". "Na verdade, o PT, acuado como está, esse senhor mesmo, alvo de tantas denúncias, passou a atacar os adversários. Eu estou pronto para o ataque não é de hoje", afirmou.

"Enfrento o PT há pelo menos duas décadas. Vocês aqui em Minas são testemunhas. Sei como agem. Sei o método que usam. Vimos isso nas últimas eleições. Na verdade, o PT tenta voltar seus ataques para a oposição. Deveria cuidar de se defender na Justiça.", disse.

Quando era governador de Minas, Aécio já pregou a necessidade de o PT e o PSDB se unirem em projetos para o país. O tucano, que mantinha boas relações com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, chegou a firmar, em 2008, uma aliança com o ex-prefeito de Belo Horizonte e atual governador, Fernando Pimentel (PT), para a eleição de Marcio Lacerda.

Depois de governar Minas por 12 anos, PSDB e aliados perderam a eleição de 2014 para o PT. No mesmo pleito, Aécio, que se candidatou à Presidência da República, foi derrotado por Dilma no Estado. O senador governou Minas por duas vezes no período.

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