Aécio anuncia reação do PSDB contra crise
O PSDB começa a anunciar a divulgação de documento com propostas para o ano que vem
Da Redação
Publicado em 13 de novembro de 2015 às 09h00.
Brasília - Criticado pela aliança com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) , e por ser pouco atuante na retomada da economia, o PSDB resolveu agir nesta semana. Rompeu com o peemedebista, negociou a aprovação de pautas econômicas com o governo e já começa a anunciar a divulgação de documento com propostas para o ano que vem.
O PSDB busca maior empatia com o eleitorado nas eleições municipais de 2016, além de sinalização para o mercado financeiro.
"Vamos apresentar ao país um diagnóstico da gravidade da crise e do que nos espera para o ano que vem, mas principalmente propostas na área social, em razão da gravidade da crise pela qual passam hoje milhões de famílias brasileiras", afirmou Aécio Neves (PSDB-MG), presidente do partido.
O documento será uma revisão da plataforma de campanha presidencial de Aécio em 2014, com propostas como pacto federativo e reforma tributária, além de enfoque social.
A Executiva da legenda se reúne em duas semanas para fechar detalhes, e a apresentação da carta deve ser feita no início de dezembro em pronunciamento do próprio senador, que prometeu uma "fala forte".
A estratégia integra uma tentativa de recuperar o protagonismo do debate econômico, perdido desde a derrota nas eleições presidenciais de 2014. Em um ano de crise econômica, tucanos chegaram a apoiar algumas das chamadas "pautas-bomba" no Congresso.
Algumas delas em contradição com a defesa histórica feita pela sigla, como o fim do fator previdenciário - medida aprovada pelo governo Fernando Henrique Cardoso.
Há duas semanas, os tucanos assistiram ao PMDB lançar um documento com propostas para a economia que destoavam das defendidas pelo PT. É dentro dessa estratégia que se explica a sinalização com o governo na negociação direta pela aprovação de pautas do ajuste fiscal.
A oposição anunciou acordo para aprovar a Desvinculação de Receitas da União (DRU) com alíquota de 25% na terça-feira. O pacto foi celebrado com um aperto de mãos entre os líderes José Guimarães (PT-CE) e Bruno Araújo (PSDB-PE).
Mais uma negociação acontece em torno da repatriação de recursos brasileiros no exterior, apoio que tem sido discutido diretamente entre Aécio Neves e os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Jaques Wagner (Casa Civil).
O texto recebeu voto contrário dos 48 deputados tucanos na Câmara, mas deve contar com o apoio dos senadores, caso o governo consiga desfazer as mudanças do relator Manoel Júnior (PMDB-PB), que concederam anistia para crimes de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. O PSDB deseja que a proposta se restrinja à evasão de divisas.
De acordo com Aécio, o apoio às pautas econômicas são uma demonstração do compromisso do PSDB com as questões que vão além do governo Dilma e são cruciais para o país.
"Não vamos fazer como o PT que, quando era oposição, encontrava vício de origem em tudo que vinha do Palácio, como a Lei de Responsabilidade Fiscal e o Plano Real."
No front político, o primeiro passo para a mudança de atuação foi o rompimento com Cunha, anunciado oficialmente pelo líder Carlos Sampaio (PSDB-SP). Até então, os tucanos trocavam apoio a Cunha pela promessa de encaminhamento do processo de impeachment de Dilma.
Brasília - Criticado pela aliança com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) , e por ser pouco atuante na retomada da economia, o PSDB resolveu agir nesta semana. Rompeu com o peemedebista, negociou a aprovação de pautas econômicas com o governo e já começa a anunciar a divulgação de documento com propostas para o ano que vem.
O PSDB busca maior empatia com o eleitorado nas eleições municipais de 2016, além de sinalização para o mercado financeiro.
"Vamos apresentar ao país um diagnóstico da gravidade da crise e do que nos espera para o ano que vem, mas principalmente propostas na área social, em razão da gravidade da crise pela qual passam hoje milhões de famílias brasileiras", afirmou Aécio Neves (PSDB-MG), presidente do partido.
O documento será uma revisão da plataforma de campanha presidencial de Aécio em 2014, com propostas como pacto federativo e reforma tributária, além de enfoque social.
A Executiva da legenda se reúne em duas semanas para fechar detalhes, e a apresentação da carta deve ser feita no início de dezembro em pronunciamento do próprio senador, que prometeu uma "fala forte".
A estratégia integra uma tentativa de recuperar o protagonismo do debate econômico, perdido desde a derrota nas eleições presidenciais de 2014. Em um ano de crise econômica, tucanos chegaram a apoiar algumas das chamadas "pautas-bomba" no Congresso.
Algumas delas em contradição com a defesa histórica feita pela sigla, como o fim do fator previdenciário - medida aprovada pelo governo Fernando Henrique Cardoso.
Há duas semanas, os tucanos assistiram ao PMDB lançar um documento com propostas para a economia que destoavam das defendidas pelo PT. É dentro dessa estratégia que se explica a sinalização com o governo na negociação direta pela aprovação de pautas do ajuste fiscal.
A oposição anunciou acordo para aprovar a Desvinculação de Receitas da União (DRU) com alíquota de 25% na terça-feira. O pacto foi celebrado com um aperto de mãos entre os líderes José Guimarães (PT-CE) e Bruno Araújo (PSDB-PE).
Mais uma negociação acontece em torno da repatriação de recursos brasileiros no exterior, apoio que tem sido discutido diretamente entre Aécio Neves e os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Jaques Wagner (Casa Civil).
O texto recebeu voto contrário dos 48 deputados tucanos na Câmara, mas deve contar com o apoio dos senadores, caso o governo consiga desfazer as mudanças do relator Manoel Júnior (PMDB-PB), que concederam anistia para crimes de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. O PSDB deseja que a proposta se restrinja à evasão de divisas.
De acordo com Aécio, o apoio às pautas econômicas são uma demonstração do compromisso do PSDB com as questões que vão além do governo Dilma e são cruciais para o país.
"Não vamos fazer como o PT que, quando era oposição, encontrava vício de origem em tudo que vinha do Palácio, como a Lei de Responsabilidade Fiscal e o Plano Real."
No front político, o primeiro passo para a mudança de atuação foi o rompimento com Cunha, anunciado oficialmente pelo líder Carlos Sampaio (PSDB-SP). Até então, os tucanos trocavam apoio a Cunha pela promessa de encaminhamento do processo de impeachment de Dilma.