Advogado diz que caso Molina é tratado de forma política
O advogado Fernando Tibúrcio Peña, que defende Roger Pinto Molina, diz que o tema é tratado de forma política, e não jurídica
Da Redação
Publicado em 5 de setembro de 2013 às 10h59.
Brasília – O advogado Fernando Tibúrcio Peña, que defende o senador boliviano de oposição Roger Pinto Molina, de 53 anos, disse à Agência Brasil que o envio de uma missão de alto nível, com autoridades da Bolívia , a Brasília demonstra que o tema é tratado de forma política, e não jurídica, pelo governo do presidente Evo Morales . Tibúrcio acrescentou que não está preocupado com a chegada das autoridades, pois o advogado boliviano Luís Vásquez Villamor, que também atua na defesa de Molina, está a caminho do Brasil.
“Não temos preocupação alguma com a chegada dessa missão de alto nível, pois isso só confirma que o assunto é tratado de maneira política, afinal há três ministros no grupo, além de integrantes do Ministério Público . É bom que todos venham para o Brasil e tragam os documentos que, na verdade, comprovam a inocência do senador”, disse Tibúrcio.
Ontem (4), a defesa de Pinto Molina foi surpreendida. Vásquez Villamor, que seguia de La Paz (capital boliviana) para Brasília, ficou retido por seis horas no Aeroporto de Viru Viru, em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia). Ex-senador, o advogado conseguiu ser liberado após uma longa negociação com as autoridades bolivianas. Ele vem a Brasília para agregar mais documentos ao processo de Pinto Molina.
“A retenção do advogado Vásquez Villamor é uma demonstração clara que o caso do senador é tratado como uma questão política. É um absurdo um advogado ficar retido no aeroporto. Isso não pode ocorrer em situação alguma. É um insulto”, declarou o advogado.
No Brasil há 12 dias, Pinto Molina ficou abrigado por 455 dias na embaixada brasileiras em La Paz e, ao deixar seu país, deflagrou uma crise diplomática entre bolivianos e brasileiros. O governo de Morales classifica o parlamentar como um “delinquente comum”. O senador nega as acusações relativas a desvios de recursos públicos e corrupção. No total, são mais de 20 processos que envolvem o parlamentar.
“As acusações contra o senador surgiram a partir de 2011, quando ele passou a denunciar o envolvimento de autoridades, ligadas ao presidente Evo Morales, com o narcotráfico. Ele [Pinto Molina] tem 30 anos de vida pública e jamais houve uma denúncia contra ele, só agora, por que será?”, reagiu o advogado.
A missão de alto nível, que desembarcará em Brasília, é formada pelo ministros Carlos Romero (Casa Civil), Nardi Suxo (Transparência Institucional e Luta contra a Corrupção), Cecilia Ayllón (Justiça) e integrantes do Ministério Público. A missão pretende apresentar documentos sobre os processos judiciais envolvendo Molina.
Pinto Molina foi retirado da Bolívia rumo ao Brasil, em uma operação organizada pelo encarregado de Negócio do Brasil em La Paz, o diplomata Eduardo Saboia, que desencadeou uma crise diplomática. O então chanceler Antonio Patriota foi substituído por Luiz Alberto Figueiredo Machado. Em junho de 2012, o Brasil concedeu asilo diplomático ao senador, mas o governo boliviano não deu o salvo-conduto para ele deixar o país.
Brasília – O advogado Fernando Tibúrcio Peña, que defende o senador boliviano de oposição Roger Pinto Molina, de 53 anos, disse à Agência Brasil que o envio de uma missão de alto nível, com autoridades da Bolívia , a Brasília demonstra que o tema é tratado de forma política, e não jurídica, pelo governo do presidente Evo Morales . Tibúrcio acrescentou que não está preocupado com a chegada das autoridades, pois o advogado boliviano Luís Vásquez Villamor, que também atua na defesa de Molina, está a caminho do Brasil.
“Não temos preocupação alguma com a chegada dessa missão de alto nível, pois isso só confirma que o assunto é tratado de maneira política, afinal há três ministros no grupo, além de integrantes do Ministério Público . É bom que todos venham para o Brasil e tragam os documentos que, na verdade, comprovam a inocência do senador”, disse Tibúrcio.
Ontem (4), a defesa de Pinto Molina foi surpreendida. Vásquez Villamor, que seguia de La Paz (capital boliviana) para Brasília, ficou retido por seis horas no Aeroporto de Viru Viru, em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia). Ex-senador, o advogado conseguiu ser liberado após uma longa negociação com as autoridades bolivianas. Ele vem a Brasília para agregar mais documentos ao processo de Pinto Molina.
“A retenção do advogado Vásquez Villamor é uma demonstração clara que o caso do senador é tratado como uma questão política. É um absurdo um advogado ficar retido no aeroporto. Isso não pode ocorrer em situação alguma. É um insulto”, declarou o advogado.
No Brasil há 12 dias, Pinto Molina ficou abrigado por 455 dias na embaixada brasileiras em La Paz e, ao deixar seu país, deflagrou uma crise diplomática entre bolivianos e brasileiros. O governo de Morales classifica o parlamentar como um “delinquente comum”. O senador nega as acusações relativas a desvios de recursos públicos e corrupção. No total, são mais de 20 processos que envolvem o parlamentar.
“As acusações contra o senador surgiram a partir de 2011, quando ele passou a denunciar o envolvimento de autoridades, ligadas ao presidente Evo Morales, com o narcotráfico. Ele [Pinto Molina] tem 30 anos de vida pública e jamais houve uma denúncia contra ele, só agora, por que será?”, reagiu o advogado.
A missão de alto nível, que desembarcará em Brasília, é formada pelo ministros Carlos Romero (Casa Civil), Nardi Suxo (Transparência Institucional e Luta contra a Corrupção), Cecilia Ayllón (Justiça) e integrantes do Ministério Público. A missão pretende apresentar documentos sobre os processos judiciais envolvendo Molina.
Pinto Molina foi retirado da Bolívia rumo ao Brasil, em uma operação organizada pelo encarregado de Negócio do Brasil em La Paz, o diplomata Eduardo Saboia, que desencadeou uma crise diplomática. O então chanceler Antonio Patriota foi substituído por Luiz Alberto Figueiredo Machado. Em junho de 2012, o Brasil concedeu asilo diplomático ao senador, mas o governo boliviano não deu o salvo-conduto para ele deixar o país.