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Adiar leilão não compromete agenda do trem-bala, diz governo

Segundo Figueiredo, as empresas não fizeram mais exigências ao governo para participar do leilão

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2013 às 18h08.

Brasília – Apesar do adiamento, em um ano, da primeira etapa do leilão do trem de alta velocidade (TAV), anunciado hoje (12), o governo garante que a data para início do funcionamento comercial do trem está mantida para junho de 2020. O projeto deve estar pronto um ano antes para a realização de testes operacionais.

Segundo o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, a data de início das operações do TAV não muda porque a segunda fase do leilão, que irá definir as empresas responsáveis pela infraestrutura do projeto, está mantida para o início de 2015, mesmo com o adiamento da primeira fase, que irá contratar o operador do trem-bala, a tecnologia e os equipamentos.

O governo decidiu adiar a primeira etapa do leilão porque interessados em participar da disputa, como empresas da Espanha e da Alemanha, pediram mais prazo para organizar os consórcios que irão entrar na licitação. Empresas da França já tinham manifestado interesse em participar da disputa.

Segundo Figueiredo, as empresas não fizeram mais exigências ao governo para participar do leilão. “Não estamos adiando o processo porque o leilão não é atrativo para as empresas. Pelo contrário, estamos adiando porque ele é mais atrativo, tem mais empresas querendo participar e estamos oferecendo a oportunidade”, disse.

O ministro dos Transportes, César Borges, explicou que, como foi apenas um adiamento, e não o cancelamento do leilão, provavelmente as regras do edital devem permanecer as mesmas. “É claro que, com o prazo de adiamento de um ano, poderá haver aperfeiçoamentos no edital. Hoje não há nenhuma decisão em relação a isso, nem solicitação de mudanças no edital, mas não vamos garantir que, daqui a um ano, eventualmente, o que vier para aperfeiçoar e dar segurança ao processo poderemos fazer.”

As empresas interessadas em participar do leilão que pediram o adiamento deram garantia de que, daqui a um ano, irão participar da licitação. Além disso, empresas coreanas e japonesas também poderão participar do leilão, com a prorrogação do prazo. “Estamos disponíveis para conversar com todos os que tiverem interesse, queremos que a concorrência seja a mais ampla possível”, disse Borges.

Este é o terceiro adiamento do leilão do trem de alta velocidade, que deverá ligar as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas. A entrega das propostas estava prevista para a próxima sexta-feira (16), e o leilão estava marcado para dia 19 de setembro.

A licitação chegou a ser realizada em julho de 2011, mas não recebeu propostas. Depois disso, o governo decidiu dividir a licitação em duas etapas: a primeira vai definir o operador do trem-bala e a tecnologia a ser usada, e a segunda vai contratar a infraestrutura do projeto.

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