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Adesão ao bônus pode evitar rodízio em SP, diz Alckmin

O programa, que oferece um desconto adicional de 30% na conta de água para quem reduz o consumo em pelo menos 20%, foi ampliado no último dia 1º


	Geraldo Alckmin: "A questão do rodízio não pode ser descartada, mas acreditamos que o bônus vai ajudar a manter o abastecimento"
 (Edson Lopes Jr./Divulgação)

Geraldo Alckmin: "A questão do rodízio não pode ser descartada, mas acreditamos que o bônus vai ajudar a manter o abastecimento" (Edson Lopes Jr./Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2014 às 17h52.

Cabreúva - O governo paulista aposta na adesão ao programa de bônus pelo consumidor da Região Metropolitana de São Paulo para evitar ou adiar a adoção do racionamento de água na região.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse nesta sexta-feira 11, em Cabreúva, que a ampliação do bônus para 31 cidades, incluindo toda a capital, significará uma redução importante no uso da água dos sistemas que abastecem a região.

"A questão do rodízio não pode ser descartada, mas acreditamos que o bônus vai ajudar a manter o abastecimento", afirmou.

Nesta sexta-feira, o Sistema Cantareira, que abastece 14,3 milhões de pessoas, manteve sua curva descendente, baixando para 12,2%.

De acordo com Alckmin, os outros sistemas que também abastecem a região metropolitana estão com mais água.

O programa, que oferece um desconto adicional de 30% na conta de água para quem reduz o consumo em pelo menos 20%, foi ampliado no último dia 1º para mais 17 milhões de pessoas, segundo ele.

"A adesão chega a quase 80% e, à medida que cai o consumo pelo uso racional da água, é possível que os outros sistemas, como o Guarapiranga, o Rio Grande, o Alto Cotia e outros, abasteçam mais gente. Com isso podemos fazer uma retirada menor do Cantareira", explicou.

De acordo com Alckmin, na fase inicial, 76% dos consumidores reduziram o uso de água, sendo que 37% atingiram a meta para obter a bonificação.

Perguntado sobre a possibilidade de extensão do bônus a outras regiões do estado, o governador disse que isso é possível nas áreas abastecidas pela Sabesp, mas que, por ora, o programa vai se restringir à região metropolitana de São Paulo.


"Na região de Campinas, onde a situação do abastecimento é crítica, os serviços de água são administrados pelos municípios, então a decisão deve ser das prefeituras."

O governador comentou a proliferação de algas na Represa de Guarapiranga, mostrada pelo Estado, mas disse que o problema não vai afetar o uso das águas da represa para abastecimento.

Para especialistas, a formação pode afetar a produção de água potável por exigir mais tempo para o tratamento.

Alckmin minimizou o problema e afirmou que a Sabesp tem tecnologia para produzir "as melhores águas potáveis do mundo".

Ele disse que a Represa de Guarapiranga é uma das que estão sendo utilizadas para cobrir áreas abastecidas pelo Sistema Cantareira.

Em entrevista, Alckmin desmentiu nota divulgada na quinta-feira pelo PT paulista de que a obra do Sistema São Lourenço, iniciada "com estardalhaço" pelo governador, não conta com licença de instalação da Cetesb.

O sistema, previsto para operar em 2018, vai captar 4,7 metros cúbicos de água por segundo no Vale do Ribeira para abastecer parte da Grande São Paulo.

"A obra tem projeto executivo, outorga, licenciamento e ordem de serviço", disse o governador.

A Cetesb informou que a licença de instalação do empreendimento foi emitida no dia 9 de abril e contempla medidas condicionantes e compensatórias, incluindo compensação florestal por áreas de mata que serão suprimidas.

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