Brasil

Adams nega irregularidades em contas públicas em 2014

A irregularidade no repasse de recursos à Caixa para financiamento de programas sociais está sendo julgada pelo TCU


	“A dinâmica de trabalho que orientou a administração pública foi a observância objetiva de lei", declarou Luís Adams
 (Elza Fiuza/ABr)

“A dinâmica de trabalho que orientou a administração pública foi a observância objetiva de lei", declarou Luís Adams (Elza Fiuza/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2015 às 15h28.

Brasília - O advogado-geral da União, Luís Adams, voltou a negar hoje (14), em audiência pública no Senado, que o governo tenha cometido irregularidades, em 2014, no repasse de recursos à Caixa Econômica Federal para pagamento de benefícios sociais como os programas Bolsa Família, seguro-desemprego e abono social.

O assunto está sendo julgado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O relator do caso Aroldo Cedraz entende que houve operação financeira do governo para melhorar as contas públicas no atraso do repasse de recursos Tesouro Nacional a bancos e que e isso fere a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Segundo Adams, a metodologia de pagamentos à Caixa utilizada pelo governo no ano passado vem sendo utilizada desde o início da vigência da Lei de Responsabilidade Fiscal, em 2001, tendo, inclusive, sido alvo de acórdão favorável do próprio TCU. 

“A dinâmica de trabalho que orientou a administração pública foi a observância objetiva de lei, que vem sendo interpretada pelos órgãos de controle, em particular, mas pela administração pública como um todo. Essa jurisprudência se conforma em uma prática administrativa recorrente e que é exercida por esse conforto legislativo e jurisprudencial”, disse Adams.

Segundo o ministro, apesar de haver meses em que houve fluxo de caixa negativo em favor da Caixa Econômica Federal, ao longo do ano, fluxo da operação nos 12 meses é favorável à União, ou seja, a Caixa ficou credora de juros a pagar.

“É importante o destacar que em todos os anos, durante a vigência de LRF, houve saldos negativos. Em todos os anos desde 2001, houve situações em que a Caixa efetuou pagamento a descoberto e essa situação não anula, não caracteriza operação de crédito, porque o saldo médio sempre é positivo [à União]. Em todos os anos, a Caixa foi devedora de juros para a União e não o contrário, do ponto de vista do fluxo financeiro a realidade econômica é totalmente favorável à Caixa, porque ela é devedora da União”, explicou Adams.

Apesar de defender a metodologia adotada pela administração federal, o advogado-geral da União disse que o governo não se opõe ao “aperfeiçoamento” das regras.

“Para nós, [a metodologia] é algo altamente normal, correto, recorrente, não causa de punição, mas causa de aperfeiçoamento”, ponderou o ministro.

“Temos dito ao TCU, e quero retomar isso, que não temos, no governo, nenhuma dificuldade em relação a mudanças de jurisprudência que aperfeiçoem o sistema de contas, fiscal, que melhore essa realidade. Isso faz parte do aperfeiçoamento institucional do país”, acrescentou Adams.

Acompanhe tudo sobre:BancosBolsa famíliaCaixaEmpresasGovernoInvestimentos de governoSaláriosSeguro-desempregoTCU

Mais de Brasil

Exportação de bens de alta tecnologia foi a que mais cresceu entre os setores industriais em 2024

AGU notifica Meta sobre decisão que encerra checagem de fatos nos EUA para saber planos para Brasil

Corpo de fotógrafo brasileiro desaparecido em Paris é encontrado no Rio Sena

Governo de SP anuncia construção da 3ª pista no Sistema Anchieta-Imigrantes