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Acusado de ser maior o fornecedor de cassinos do DF é preso

Durante a prisão, foram apreendidos vários cheques, agendas com nomes de clientes e fornecedores, além de vales que eram dados a clientes dos cassinos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2012 às 14h30.

Brasília - A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu hoje (14), em Goiânia, o bicheiro Arnaldo Rúbio Junior, ex-colaborador do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, durante a segunda etapa da Operação Jackpot. Segundo a Polícia Civil, Junior é o principal fornecedor de máquinas caça-níquel para cassinos clandestinos instalados no DF.

Durante a prisão, foram apreendidos vários cheques, agendas com nomes de clientes e fornecedores, além de vales que eram dados a clientes dos cassinos quando esses não possuíam mais dinheiro. De acordo com o delegado adjunto da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco), Fernando Cocito, depois da prisão de Cachoeira, em fevereiro, Arnaldo Rúbio Junior se tornou o maior operador de jogos ilegais de Goiás.

“A Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, havia deixado claro que Arnaldo já disputava território com Carlinhos Cachoeira. Com a prisão de Cachoeira, ele ficou livre para expandir seus negócios”, disse Cocito. “Há dois anos, Arnaldo prestava conta com grupo de Cachoeira, mas com a prisão do líder ele continuou no negócio sozinho”, acrescentou.

O delegado informou que, ao ser preso, Arnaldo disse que disputa o mercado de jogos de azar em Goiás com parentes de Carlinhos Cachoeira. Cocito acredita que, apesar de preso, Cachoeira mantém o comando de vários pontos de jogos ilegais no estado.


Cocito disse que, depois da prisão de várias pessoas ligadas a Cachoeira durante a primeira etapa da Jackpot, no mês passado, foram obtidas informações que levaram a Polícia até Arnaldo Junior. Segundo as investigações, ele era o responsável por enviar e fazer a manutenção de máquinas caça-níquel na capital federal. Para viabilizar o jogo clandestino no DF, Arnaldo Junior também financiava a abertura de cassinos.

“Para que o sujeito abrisse uma casa de jogos aqui no DF, ela recebia dos contraventores, pelo menos, R$ 10 mil. Esse era o valor para abertura do cassino, além de todo o material, que era trazido em grandes caminhões para cá”, disse Cocito. De acordo com ele, em apenas cinco dias de funcionamento dessas casas, a organização conseguia recuperar o investimento feito.

Segundo o delegado adjunto da Deco, nos dois inquéritos abertos para investigar a existência de jogos de azar no DF, a polícia tem buscado enquadrar os criminosos não apenas na prática da contravenção, que tem uma pena mais branda, mas na de tipos penais como lavagem de dinheiro, crime contra a economia popular e contrabando, incluindo no inquérito indícios e provas dessas práticas.

“Com o cerco [aos jogos de azar] no Entorno, eles vieram para cá, tentaram a sorte aqui, mas o recado nosso é esse: responderão por lavagem de dinheiro, crime contra a economia popular, formação de quadrilha. Estamos deixando o recado bem claro de que não são bem-vindos aqui, nunca foram, e que estaremos bem próximos deles”, disse Cocito.

De acordo com a Polícia Civil do DF, são considerados foragidos Walmir José da Rocha e Edvaldo Ferreira Lemos. Os dois são apontados pela polícia como gerentes de cassinos clandestinos no DF. A operação em Goiânia foi realizada com o conhecimento da Justiça e da Secretaria de Segurança Pública de Goiás, segundo informou Cocito.

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