Acusado de fraude pediu ajuda a secretário de Haddad
Antonio Donato é citado em escutas telefônicas pelo suspeito de chefiar um esquema de arrecadação de propina na Secretaria Municipal de Finanças de São Paulo
Da Redação
Publicado em 3 de novembro de 2013 às 08h42.
São Paulo - Homem forte da gestão Fernando Haddad (PT), o secretário de Governo, Antonio Donato, é citado em escutas telefônicas pelo suspeito de chefiar um esquema de arrecadação de propina na Secretaria Municipal de Finanças, Ronilson Bezerra Rodrigues, durante a gestão Gilberto Kassab (PSD).
A transcrição de ligações interceptadas pelo Ministério Público Estadual (MPE) mostra que o acusado foi chamado e marcou um encontro com Donato e também com o vereador Paulo Fiorilo (PT).
A interceptação telefônica foi registrada em 16 de julho deste ano, às 17h23. Ex-subsecretário da Receita da Secretaria de Finanças, Rodrigues afirma que ele e os outros três suspeitos - Eduardo Horle Barcellos, Luis Alexandre Cardoso Magalhães e Carlos Augusto di Lallo Leite do Amaral - foram chamados para um encontro.
Os quatro foram presos na semana passada, acusados de comandar esquema que deu prejuízo de R$ 500 milhões aos cofres municipais em fraudes na arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS).
A ligação interceptada foi em uma terça-feira. Segundo a transcrição, Ronilson descofia que é investigado e afirma que marcou encontro com Donato e com o vereador Fiorilo. O secretário negou o encontro Fiorilo, presidente da CPI dos Transportes, admite ter se encontrado com Rodrigues no dia 19 de julho, uma quinta-feira. O vereador afirma que foi "procurado" por Rodrigues na Câmara Municipal.
"Ele disse que estava sendo perseguido. Eu disse que não tinha como ajudar. Ele contou que estava sendo perseguido pela gestão do PT e que precisava de ajuda. Afirmei que a Controladoria-Geral do Município (CGM) era independente e que ele deveria procurar um advogado", disse o parlamentar.
O vereador disse que nunca se encontrou com Rodrigues em seu diretório na zona leste. "Atendi Rodrigues em uma quinta-feira, durante um intervalo da sessão da CPI."
Donato admitiu, em nota divulgada na sexta-feira, 1, ter indicado Ronilson para trabalhar na São Paulo Transporte (SPTrans). Ontem, disse que a indicação foi feita antes que houvesse investigações contra ele. Mas a versão contradiz a Prefeitura, que diz ter recebido denúncia sobre o esquema de corrupção envovendo Rodrigues no ano pasado, conforme o jornal O Estado de S. Paulo revelou, neste sábado, 2.
Ele afirmou que conheceu Rodrigues na Câmara, quando era vereador, mas que nunca se encontrou com os demais suspeitos. "Rodrigues compareceu diversas vezes ao Legislativo, representando o secretário de Finanças da gestão passada, Mauro Ricardo", disse.
Amante
Interceptações telefônicas mostram conversas do auditor Luis Alexandre Magalhães com sua amante que comprometem vários servidores. A mulher ameaça denunciar Magalhães. Além dos membros da quadrilha identificados pela investigação, ela cita pelo menos mais dez pessoas. Fala também "sobre como o dinheiro entrava e saía e sobre o esquema da Odebrecht, que fazia as notas fiscais frias". A construtora nega envolvimento no esquema.
Ela ameaça entrar em contato com a imprensa e de mandar e-mail relatando a corrupção para Donato, para outros secretários e para o titular da CGM, Mário Vinícius Claussen Spinelli. Não se sabe se a amante de Magalhães cumpriu as ameaças, mas foi Spinelli quem investigou o caso, que terminou com a prisão dos quatro fiscais. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
São Paulo - Homem forte da gestão Fernando Haddad (PT), o secretário de Governo, Antonio Donato, é citado em escutas telefônicas pelo suspeito de chefiar um esquema de arrecadação de propina na Secretaria Municipal de Finanças, Ronilson Bezerra Rodrigues, durante a gestão Gilberto Kassab (PSD).
A transcrição de ligações interceptadas pelo Ministério Público Estadual (MPE) mostra que o acusado foi chamado e marcou um encontro com Donato e também com o vereador Paulo Fiorilo (PT).
A interceptação telefônica foi registrada em 16 de julho deste ano, às 17h23. Ex-subsecretário da Receita da Secretaria de Finanças, Rodrigues afirma que ele e os outros três suspeitos - Eduardo Horle Barcellos, Luis Alexandre Cardoso Magalhães e Carlos Augusto di Lallo Leite do Amaral - foram chamados para um encontro.
Os quatro foram presos na semana passada, acusados de comandar esquema que deu prejuízo de R$ 500 milhões aos cofres municipais em fraudes na arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS).
A ligação interceptada foi em uma terça-feira. Segundo a transcrição, Ronilson descofia que é investigado e afirma que marcou encontro com Donato e com o vereador Fiorilo. O secretário negou o encontro Fiorilo, presidente da CPI dos Transportes, admite ter se encontrado com Rodrigues no dia 19 de julho, uma quinta-feira. O vereador afirma que foi "procurado" por Rodrigues na Câmara Municipal.
"Ele disse que estava sendo perseguido. Eu disse que não tinha como ajudar. Ele contou que estava sendo perseguido pela gestão do PT e que precisava de ajuda. Afirmei que a Controladoria-Geral do Município (CGM) era independente e que ele deveria procurar um advogado", disse o parlamentar.
O vereador disse que nunca se encontrou com Rodrigues em seu diretório na zona leste. "Atendi Rodrigues em uma quinta-feira, durante um intervalo da sessão da CPI."
Donato admitiu, em nota divulgada na sexta-feira, 1, ter indicado Ronilson para trabalhar na São Paulo Transporte (SPTrans). Ontem, disse que a indicação foi feita antes que houvesse investigações contra ele. Mas a versão contradiz a Prefeitura, que diz ter recebido denúncia sobre o esquema de corrupção envovendo Rodrigues no ano pasado, conforme o jornal O Estado de S. Paulo revelou, neste sábado, 2.
Ele afirmou que conheceu Rodrigues na Câmara, quando era vereador, mas que nunca se encontrou com os demais suspeitos. "Rodrigues compareceu diversas vezes ao Legislativo, representando o secretário de Finanças da gestão passada, Mauro Ricardo", disse.
Amante
Interceptações telefônicas mostram conversas do auditor Luis Alexandre Magalhães com sua amante que comprometem vários servidores. A mulher ameaça denunciar Magalhães. Além dos membros da quadrilha identificados pela investigação, ela cita pelo menos mais dez pessoas. Fala também "sobre como o dinheiro entrava e saía e sobre o esquema da Odebrecht, que fazia as notas fiscais frias". A construtora nega envolvimento no esquema.
Ela ameaça entrar em contato com a imprensa e de mandar e-mail relatando a corrupção para Donato, para outros secretários e para o titular da CGM, Mário Vinícius Claussen Spinelli. Não se sabe se a amante de Magalhães cumpriu as ameaças, mas foi Spinelli quem investigou o caso, que terminou com a prisão dos quatro fiscais. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.