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Acordo com União Europeia vai melhorar qualidade da carne

Um grupo de trabalho vai ser criado para intercâmbio regular de informações e cooperação técnica para o bem-estar de animais de produção


	Carne: o bem-estar de animais de produção se refere aos cuidados que devem ser tomados com os animais, desde o nascimento até o momento do abate.
 (Johannes Simon/Getty Images)

Carne: o bem-estar de animais de produção se refere aos cuidados que devem ser tomados com os animais, desde o nascimento até o momento do abate. (Johannes Simon/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2013 às 12h06.

Brasília – Brasil e União Europeia vão constituir grupo de trabalho para intercâmbio regular de informações e cooperação técnica para o bem-estar de animais de produção. A assinatura do acordo será feita hoje (24), durante a 6ª Cúpula Brasil-União Europeia, que ocorre neste momento, no Palácio do Planalto.

Segundo o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Célio Porto, os técnicos brasileiros terão oportunidade de trocar experiências com profissionais especializados no tema. “Na União Europeia estão os mais avançados na área”, disse.

O bem-estar de animais de produção se refere aos cuidados que devem ser tomados com os animais, desde o nascimento até o momento do abate. De acordo com o Mapa, o manejo inadequado, além de causar estresse e sofrimento desnecessário, afeta diretamente a qualidade da carne em fatores como cor, pH, consistência e tempo de prateleira, entre outros.

Porto destacou ainda, que o Brasil ainda tem “duas pendências” com a União Europeia em relação às exportações de carne bovina. A primeira trata da exigência de certificação individual de propriedades, que não é cobrada de outros países. “Não tem fundamentação científica”, argumentou o secretário.

O secretario do Mapa disse que o número de propriedades credenciadas para exportar carne bovina para a União Europeia caiu de 12 mil para cerca de 3 mil após a exigência da certificação.

A outra pendência, de acordo com Porto, está relacionada à cota de exportação de cortes nobres, que o Brasil não consegue atingir nem 10% devido à exigência de que o gado seja alimentado 100% por pastagem.

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