Brasil

Acidente de avião no Amazonas matou cirurgião de Brasília, diz Conselho de Medicina do DF

Médico era um dos turistas que viajavam para a região do Rio Negro para pesca esportiva

Acidente: queda de avião aconteceu em Barcelos, cidade que fica a cerca de 400 km de Manaus (Wellignton Melo/Getty Images)

Acidente: queda de avião aconteceu em Barcelos, cidade que fica a cerca de 400 km de Manaus (Wellignton Melo/Getty Images)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 17 de setembro de 2023 às 14h10.

O médico Roland Montenegro Costa estava entre as 14 vítimas do acidente de avião em Barcelos, no interior do Amazonas, na tarde deste sábado, segundo o Conselho Regional de Medicina (CRM) do Distrito Federal. Ele era um dos turistas que viajavam para a região do Rio Negro para pesca esportiva quando a aeronave caiu, sem deixar sobreviventes.

“O CRM-DF se une em solidariedade à família e amigos neste momento de dor por sua partida”, afirmou a entidade. Nas redes sociais, amigos do médico também lamentaram a tragédia.

Fique por dentro das últimas notícias no Telegram da Exame. Inscreva-se gratuitamente

De acordo com o deputado distrital Jorge Vianna (PSD), ele era cirurgião do aparelho digestivo, “destacou-se como pioneiro dos transplantes em Brasília” e atuava em consultório particular. Além disso, conforme o parlamentar, exerceu a função de professor de ensino em Cirurgia Geral no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF).

A lista de vítimas do desastre aéreo não foi divulgada pelas autoridades, uma vez que ainda precisam ser feitos os exames para identificação dos corpos. Os restos mortais dos tripulantes e dos passageiros estão sendo levados de Barcelos para Manaus de avião neste domingo, 17.

Outra das vítimas foi o empresário Gilcrésio Salvador Medeiros, 74 anos, dono da pousada Serra da Mesa, em Niquelândia (GO), a aproximadamente 260 quilômetros de Brasília. “Ele se foi de uma forma inesperada, mas estava indo fazer o que mais amava na vida: pescar”, foi postado no perfil oficial da pousada.

Segundo Jefferson Luís, funcionário da pousada, esse grupo se reúne todos os anos para pesca. Sempre viajavam para Manaus de voo de carreira e, de lá, eles seguiam para Barcelos ou Santa Isabel de avião fretado ou lancha rápida. Em geral, diz ele, os amigos preferiam ir por aeronave, uma vez que o deslocamento pelo rio leva quase doze horas. Os turistas usariam como base a cidade de Barcelos para pescar no Rio Negro.

Cinco moradores de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, também estão entre as vítimas. Os cinco eram ex-colaboradores do grupo Algar, empresa de telecomunicações, que emitiu nota de pesar. “A Algar lamenta o acidente ocorrido e confirma que cinco dos ocupantes da aeronave são ex-associados (ex-funcionários)”, disse. Os nomes não foram revelados.

A causa do acidente ainda será apurada. A queda da aeronave ocorreu em um momento de forte chuva no local, perto da área de pouso. De acordo com autoridades locais, outras duas aeronaves desistiram de aterrissar no aeroporto local pouco antes do acidente.

O avião tinha autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operação como táxi aéreo e a situação de aeronavegabilidade era considerada normal. Em nota, a agência disse lamentar o acidente.

Acompanhe tudo sobre:AmazonasAviõesacidentes-de-aviao

Mais de Brasil

Em SP, 65.000 seguem sem luz e previsão é de chuva para a tarde deste domingo

Sobe para 41 número de mortos em acidente em Minas Gerais

Avião cai em Gramado, na Serra Gaúcha, e não deixa sobreviventes

São Paulo tem 88 mil imóveis que estão sem luz desde ontem; novo temporal causa alagamentos