Brasil

Ação que proíbe doações de empresas está há um ano no STF

A ação é da OAB, sob o argumento de que "pessoas jurídicas não são cidadãos e por isso não possuem a legítima pretensão de participarem do processo político"


	Sessão do STF: ação da OAB argumenta que pessoas jurídicas não são cidadãos
 (Nelson Jr./SCO/STF)

Sessão do STF: ação da OAB argumenta que pessoas jurídicas não são cidadãos (Nelson Jr./SCO/STF)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2015 às 09h18.

Brasília - A ação que pede a proibição das doações de empresas a candidatos, comitês eleitorais ou partidos políticos fez aniversário ontem na gaveta do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.

Há um ano, completos neste 2 de abril, Mendes pediu vista ao processo quando o plenário do Supremo já tinha maioria pela aprovação.

O julgamento só será retomado quando a ação for devolvida ao plenário, o que não tem prazo para acontecer - o regimento interno da Corte que determinar 30 dias para a devolução quase nunca é respeitado.

A ação é de autoria da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que ingressou com o pedido em 2011, sob o argumento de que "pessoas jurídicas não são cidadãos e por isso não possuem a legítima pretensão de participarem do processo político-eleitoral". Hoje, as empresas podem doar até 2% do seu faturamento bruto registrado no ano anterior.

Quando Mendes pediu vista, seis dos 11 ministros haviam votado a favor da proibição. Ou seja, se os cinco restantes votarem contra, ainda assim o placar termina em 6 a 5. Mesmo já tendo maioria, o STF só oficializa a decisão final quando o último ministro proferir seu voto. Até lá os votos podem ser alterados.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesEmpresasPartidos políticosPolíticaPolítica no BrasilSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Governo e Senado pedem ao STF prorrogação de prazo de acordo sobre desoneração da folha

Lula diz que proposta de segurança do governo será elaborada com 27 governadores

Aeroporto de Porto Alegre será reaberto em outubro com 50 voos diários, diz ministro

Governo Lula é ruim ou péssimo para 44,2% e bom ou ótimo para 37,7%, aponta pesquisa Futura

Mais na Exame