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Acampamento golpista no Rio vai ser desfeito nesta segunda, avisa Eduardo Paes

A decisão foi tomada por Paes após uma reunião com o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, e com o comandante da Guarda Municipal, José Ricardo Soares da Silva

Eduardo Paes: "Estou muito animado, podem ter certeza disso" (J.P. Engelbrecht/PMRJ/Divulgação)

Eduardo Paes: "Estou muito animado, podem ter certeza disso" (J.P. Engelbrecht/PMRJ/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de janeiro de 2023 às 11h43.

Última atualização em 9 de janeiro de 2023 às 11h50.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), anunciou nesta segunda, 9 que vai desmontar o acampamento bolsonarista montado em frente ao Comando Militar, no centro da capital fluminense, até a noite. A ação deve contar com o apoio da Guarda Municipal, Exército e Polícia Militar.

"Até a noite de hoje, a prefeitura do Rio irá, em colaboração com o Exército e com a Polícia Militar, promover a retirada de todos os objetos e barracas que ocupam o espaço público tomado por manifestantes que atentam contra a democracia na praça Duque de Caxias", escreveu nas redes sociais.

A decisão foi tomada por Paes após uma reunião com o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, e com o comandante da Guarda Municipal, José Ricardo Soares da Silva.

O prefeito já havia suspendido todas as folgas e licenças da Guarda Municipal para garantir a ordem pública na cidade para casos de ações golpistas de bolsonaristas. "Seremos firmes contra qualquer tentativa de terrorismo no Rio", garantiu o prefeito.

Paes criticou as autoridades de segurança do Distrito Federal por sua reação ao ataque à Praça dos Três Poderes no domingo, 8, por golpistas ligados ao bolsonarismo. Afirmou que é preciso ser "duro com os terroristas". "Não dá pra chamar de falha de segurança não", referindo-se aos atos terroristas em Brasília, "é conivência e apoio de um lado e falta de capacidade de exercer a autoridade de outro".

Castro se reúne com forças de segurança

Já o governador Cláudio Castro se reuniu com secretários de Estado no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) e determinou às forças de segurança que continuem monitorando "qualquer ação contra o patrimônio público e privado do Estado do Rio de Janeiro".

"É importante que as inteligências da Polícia Civil e Militar trabalhem conjuntas, com todos mobilizados para que continuemos tendo paz no Rio de Janeiro. Reitero o compromisso com a sociedade de ser enérgico para garantir a tranquilidade e impedir o fechamento das vias", diz Castro.

De acordo com o secretário de Polícia Militar, Luiz Henrique Marinho Pires, prédios públicos como o Tribunal de Justiça, Tribunal Regional Eleitoral e a Assembleia Legislativa receberam reforço de policiamento. Na Refinaria Duque de Caxias, ponto apontado como um dos possíveis focos de protesto de grupos golpistas, estão atuando o Batalhão de Choque e o Regimento de Polícia Montada.

Estiveram presentes na reunião o vice-governador, Thiago Pampolha, e os secretários Nicola Miccione (Casa Civil), Luiz Henrique Marinho Pires (Polícia Militar), Fernando Albuquerque (Polícia Civil), Edu Guimarães (Gabinete de Segurança Institucional), Maria Rosa Lo Duca Nebel (Administração Penitenciária), Rodrigo Abel (Chefia de Gabinete) e Rodrigo Bacelar (Governo).

Acampamento

Cerca de 200 pessoas, entre elas muitos idosos, estão acampadas no CML desde o fim da eleição de 2022. Eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro, derrotado em sua tentativa de reeleição, eles não aceitam a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pregam abertamente um golpe militar.

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