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Abin monitora fatores de risco para JMJ

Entre os fatores de ameaça estão incidentes de trânsito, crime organizado, terroristas, criminalidade comum, movimentos reivindicatórios e grupos de pressão


	Catedral onde se espera que papa Francisco realize uma missa na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, no Rio de Janeiro: em um painel digital no Centro de Inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), são atualizadas constantemente as “fontes de ameaça”.
 (Ricardo Moraes/Reuters)

Catedral onde se espera que papa Francisco realize uma missa na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, no Rio de Janeiro: em um painel digital no Centro de Inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), são atualizadas constantemente as “fontes de ameaça”. (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2013 às 16h19.

Brasília – Desde o dia 15 de junho, o Sistema Brasileiro de Inteligência atua em regime de plantão mapeando potenciais riscos durante os grandes eventos realizados no país, como a Copa das Confederações, encerrada no fim de junho, e a Jornada Mundial da Juventude, que começa daqui a oito dias e terá a presença do papa Francisco.

Em um painel digital no Centro de Inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), são atualizadas constantemente as “fontes de ameaça”, a tendência de elas acontecerem durante a jornada e o nível de risco.

Entre os fatores de ameaça estão listados incidentes de trânsito, crime organizado, organizações terroristas, criminalidade comum, movimentos reivindicatórios e grupos de pressão. No Rio de Janeiro, onde ocorre a maioria dos eventos da jornada, o painel da Abin indicava, no dia de hoje (16), um fator com alerta vermelho: o de grupos de pressão, que abrangem movimentos espontâneos, sem hierarquia.

Movimentos reivindicatórios e criminalidade comum apareciam como nível médio, em alerta laranja, dentro da normalidade. Incidentes de trânsito, crime organizado e organizações terroristas têm nível baixo de ameaça, representado pela cor verde.

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), General José Elito, disse que as análises de risco começaram a ser feitas com um ano de antecedência e que o trabalho também está integrado com as equipes do Vaticano. “Tivemos várias reuniões, foram traçadas várias linhas de ação, hipóteses”, disse o ministro no centro de inteligência integrado.


Em relação à possibilidade, ainda não confirmada, de o papa usar um carro aberto sem vidros blindados durante o percurso que fará no Rio de Janeiro, o ministro disse que o serviço de inteligência trabalhará com ainda mais cuidado para “contrabalançar” o fato de não haver blindagem. “As medidas preventivas vão ter que ser muito mais cuidadosas, mais detalhadas, mas se ele tem esse desejo e está sendo assim colocado, então, certamente está-se olhando minuciosamente o que pode ser feito para evitar uma situação qualquer constrangedora ao papa”

O general disse que a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude, assim como a Rio+20, são eventos que servem de ensaio e treinamento para a Copa do Mundo e a Olimpíada. Como exemplo de sucesso da atuação do serviço de inteligência, Elito citou a abertura da Rio+20, quando foram detectadas ameaças de blackout em intensidade de mais de 100 vezes por minuto.

“Graças ao centro de cibernética montado, ao centro de segurança da informação montado, à cooperação dos experts daquela área, tudo continuou absolutamente normal. Então, é prevenção, planejamento e integração. É a maneira que temos de amenizar qualquer situação”, disse o ministro.

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