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A volta dos verde-amarelos

Os movimentos sociais que impulsionaram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff voltam às ruas neste fim de semana. Desta vez, o Movimento Brasil Livre e o Vem Pra Rua ressurgem em mais de 100 cidades com pautas bem mais genéricas. O mote principal é a pauta de apoio irrestrito à Operação Lava-Jato e “contra a corrupção”. […]

MANIFESTAÇÃO NO RIO DE JANEIRO: as pautas genéricas terão força para tirar o manifestante de casa? / Yasuyoshi Chiba/ AFP PHOTO
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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2017 às 06h34.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h02.

Os movimentos sociais que impulsionaram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff voltam às ruas neste fim de semana. Desta vez, o Movimento Brasil Livre e o Vem Pra Rua ressurgem em mais de 100 cidades com pautas bem mais genéricas.

O mote principal é a pauta de apoio irrestrito à Operação Lava-Jato e “contra a corrupção”. Ainda assim, deve ser poupado o governo Michel Temer, que até onde se sabe tem nove ministros citados nas delações dos 77 executivos do Grupo Odebrecht. “A gente aponta para Lula, assim como aponta para Aécio, Alckmin, Eduardo Cunha. Acusar-nos de indignação seletiva é nos acusar do que eles [movimentos de esquerda] fazem”, disse o líder do MBL Kim Kataguiri em entrevista recente à rádio Jovem Pan.

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Por outro lado, os movimentos se propõem a discutir as reformas propostas por Michel Temer, como Previdência, trabalhista e política. Um dos principais alvos é a lista fechada, sistema em que partidos escolhem uma lista de parlamentares e o eleitor passa a votar nas legendas. Para os dois grupo, é um retrocesso democrático e forma de blindar políticos corruptos da perda de foro privilegiado.

Ainda que critique as reformas, o MBL e VPR refutam uma união com movimentos de esquerda e dizem não compactuar com a corrente “Fora, Temer”. Segundo os líderes, discordar das atitudes do mandante não significa que seja melhor depô-lo do posto. Haverá força para tirar manifestantes de casa? O certo é que a falta de foco, e o excesso de cuidados em não criticar a corrupção no governo, pode dar origem a manifestações anódinas no fim de semana, dizem cientistas políticos ouvidos por EXAME Hoje.

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