A reta final das indicações: faltam cinco ministros
Promessa inicial de cortar Esplanada de 29 para 15 ministérios não será possível, reconheceu Bolsonaro. Vinte ministérios devem compor novo governo
Da Redação
Publicado em 28 de novembro de 2018 às 06h43.
Última atualização em 28 de novembro de 2018 às 06h53.
Quantos ministérios, afinal, terá o novo governo? Como será a estrutura de pastas reorganizadas, como a da agricultura? Quais serão os últimos indicados para a Esplanada? O senador Magno Malta, afinal, levará ou não um ministério? São perguntas que analistas políticos esperam ver respondidas ainda nesta quarta-feira, já que no fim de tarde o presidente eleito Jair Bolsonaro deixa Brasília para um compromisso no Instituto Militar de Engenharia, no Rio.
O presidente eleito começa o dia com um café da manhã reunindo justamente os já anunciados. Por enquanto, 15 cadeiras à mesa serão suficientes, mas o próprio Bolsonaro afirmou, ontem, que a promessa de reduzir a estrutura de 29 para 15 pastas não será possível. “Nos perdemos um pouquinho”, reconheceu, admitindo que “por questão de funcionalidade”, algumas áreas mantiveram status de ministério. O número mais provável agora é de 20 pastas.
Ontem foi indicado o novo ministro de Infraestrutura, pasta que vai absorver o atual ministério dos Trasportes, Portos, Aeroportos e Aviação Civil. O escolhido foi o engenheiro Tarcísio Gomes de Freitas, formado na escola militar e atual secretário de coordenação de projetos da Secretaria de Parcerias e Investimentos.
Entre as futuras indicações mais aguardadas estão a do Meio Ambiente, a de Minas e Energia e a de Comunicação. As duas primeiras irão para militares (já foram cinco indicados na equipe), para técnicos de carreira, ou para indicados pelas bancadas no Congresso? A terceira tem como um dos cotados outro general, Floriano Peixoto Vieira Neto, segundo o Estadão. Outra candidata é a senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS), vice derrotada na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB). Jornalista de carreira, ela poderia levar profissionalismo à comunicação do governo com seus interlocutores externos.
A articulação interna e com o Congresso, reafirmou Bolsonaro ontem, ficará sob a batuta de Onyx Lorenzoni (DEM-RS), futuro ministro da Casa Civil. Mas, segundo o futuro presidente, ele próprio também vai “conversar com parlamentar”, e todos os futuros ministros terão essa incumbência. Neste ponto, ao menos, uma equipe ministerial maior pode ser uma vantagem competitiva.