Para Economist, polícia de SP "é parte do problema"
Revista britânica repercute onda de violência na capital paulista com críticas às autoridades estaduais. E avisa que a maior cidade do Brasil "está ficando mais perigosa"
Da Redação
Publicado em 19 de novembro de 2012 às 14h05.
São Paulo - A onda de violência em São Paulo não passou despercebida pelos veículos internacionais. A revista britânica The Economist publicou reportagem (Mean streets, revisited ) no qual discorre sobre o aumento da criminalidade na capital paulista: "Nos últimos dois meses mais de 300 pessoas morreram na capital do estado em uma guerra não declarada entre a polícia e o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma gangue de drogas".
Em mais de um momento, a revista britânica traz críticas à reação das autoridades brasileiras, dizendo que a recusa do governo em responsabilizar o PCC fez com que as autoridades parecessem "complacentes". A revista chegou a citar o nome do secretário de segurança Antonio Ferreira Pinto, a quem chamou de "espinhoso" que teria "bufado" que o estado não precisa da ajuda federal para lidar com a questão da violência.
No artigo, a Economist mencionou que os oficiais "finalmente" aceitaram ajuda federal e estão enviando criminosos presos para prisões de segurança máxima fora do estado de São Paulo. Além disso, a Operação Saturação, segundo a revista, já levou à prisão de suspeitos e apreensão de armas e criminosos, além de uma lista com nomes e endereços de policiais.
A matéria, que saiu na edição impressa da revista, ainda fez uma sutil crítica à divisão especial da Polícia Militar paulista, a ROTA, ao chamá-la de "trigger-happy". Literalmente traduzida como "gatilho-feliz", a expressão insinua que as forças especiais paulistas recorrem à força mais do que deveriam.
No fim da matéria, a Economist cita o recente episódio do vídeo em que cinco policiais aparecem assassinando um homem que estava sob custódia, afirmando que a corporação é também "parte do problema". E afirma que outros policiais estariam por trás de extermínios que aconteceram em pontos específicos de drogas e criminalidade.
Os jornalistas britânicos finalizam afirmando que esse "horrendo olho por olho está transformando São Paulo em um lugar mais sangrento novamente".
São Paulo - A onda de violência em São Paulo não passou despercebida pelos veículos internacionais. A revista britânica The Economist publicou reportagem (Mean streets, revisited ) no qual discorre sobre o aumento da criminalidade na capital paulista: "Nos últimos dois meses mais de 300 pessoas morreram na capital do estado em uma guerra não declarada entre a polícia e o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma gangue de drogas".
Em mais de um momento, a revista britânica traz críticas à reação das autoridades brasileiras, dizendo que a recusa do governo em responsabilizar o PCC fez com que as autoridades parecessem "complacentes". A revista chegou a citar o nome do secretário de segurança Antonio Ferreira Pinto, a quem chamou de "espinhoso" que teria "bufado" que o estado não precisa da ajuda federal para lidar com a questão da violência.
No artigo, a Economist mencionou que os oficiais "finalmente" aceitaram ajuda federal e estão enviando criminosos presos para prisões de segurança máxima fora do estado de São Paulo. Além disso, a Operação Saturação, segundo a revista, já levou à prisão de suspeitos e apreensão de armas e criminosos, além de uma lista com nomes e endereços de policiais.
A matéria, que saiu na edição impressa da revista, ainda fez uma sutil crítica à divisão especial da Polícia Militar paulista, a ROTA, ao chamá-la de "trigger-happy". Literalmente traduzida como "gatilho-feliz", a expressão insinua que as forças especiais paulistas recorrem à força mais do que deveriam.
No fim da matéria, a Economist cita o recente episódio do vídeo em que cinco policiais aparecem assassinando um homem que estava sob custódia, afirmando que a corporação é também "parte do problema". E afirma que outros policiais estariam por trás de extermínios que aconteceram em pontos específicos de drogas e criminalidade.
Os jornalistas britânicos finalizam afirmando que esse "horrendo olho por olho está transformando São Paulo em um lugar mais sangrento novamente".