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A perigosa agenda Cunha

Enquanto todos os olhos estão voltados para o impeachment de Dilma Rousseff, que começa na quinta-feira, as articulações sobre a cassação do principal inimigo político da presidente afastada, o deputado afastado Eduardo Cunha, seguem a todo vapor. A sessão que decidirá o futuro do ex-presidente da Câmara está marcada para o dia 12 de setembro, […]

EDUARDO CUNHA: EDUARDO CUNHA: o ex-deputado foi condenado pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas / Yasuyoshi Chiba / Getty Images (Yasuyoshi Chiba/Getty Images)

EDUARDO CUNHA: EDUARDO CUNHA: o ex-deputado foi condenado pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas / Yasuyoshi Chiba / Getty Images (Yasuyoshi Chiba/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2016 às 06h13.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h01.

Enquanto todos os olhos estão voltados para o impeachment de Dilma Rousseff, que começa na quinta-feira, as articulações sobre a cassação do principal inimigo político da presidente afastada, o deputado afastado Eduardo Cunha, seguem a todo vapor. A sessão que decidirá o futuro do ex-presidente da Câmara está marcada para o dia 12 de setembro, mas partidos da atual oposição ao governo interino de Michel Temer – Rede, PSOL, PT, PCdoB, PDT, PPS e PSB – tentam de todo mundo adiantá-la.

Na segunda-feira, o deputado federal e candidato à prefeitura do Rio de Janeiro pela Rede, Alessandro Molon, apresentou um requerimento para tentar adiantar a sessão de votação do processo de Cunha para ontem, às 19h. Não deu certo.

A agenda definida pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, é vista pela oposição como uma tentativa livrar a presidência interina de Temer das balas de Cunha. Embora poucos admitam publicamente, os deputados de oposição acreditam que a data é perigosa. Além de ser uma segunda-feira, dia de baixíssimo quórum na casa, fica a menos de um mês das eleições municipais, quando normalmente deputados vão aos seus redutos eleitorais na tentativa de fortalecer candidaturas de prefeitos e vereadores aliados.

Além disso, é emblemático que o deputado afastado venha a ser cassado apenas depois da votação do processo de impeachment contra Dilma Rousseff. Dado o cenário, uma coisa é certa: o número de personagens de Brasília que davam a cassação de Eduardo Cunha como certa até o dia em que Maia anunciou a votação para uma segunda-feira de setembro passou a diminuir desde então. Cunha continua a escrever as cartas para cada um dos congressistas. Ele não desistiu de lutar por seu mandato. Subestimá-lo certamente não é uma boa ideia.

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