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A ofensiva de Temer para conquistar aliados nas eleições de 2018

Fragilizado após a Operação Lava Jato atingir amigos próximos, o presidente traça seus próximos passos para uma campanha às eleições deste ano

Temer: o emedebista passou a reunir presidentes dessas legendas para conversas sobre eleições (Adriano Machado/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de abril de 2018 às 12h09.

Brasília - O presidente Michel Temer não conseguiu usar a reforma ministerial para amarrar os partidos de sua base aliada ao projeto eleitoral do MDB.

Fragilizado após a Operação Lava Jato atingir amigos próximos e trazer de volta o risco de uma terceira denúncia pela Procuradoria-Geral da República, Temer preferiu manter no governo partidos que lançaram pré-candidatos ou que já anunciaram apoio a outros presidenciáveis.

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Sem o compromisso da base e sem muito a oferecer na reta final do governo, o presidente deu início, nas últimas semanas, à ofensiva para tentar atrair esses partidos para sua órbita eleitoral.

O emedebista passou a reunir presidentes dessas legendas para conversas sobre eleições e fez questão de prestigiar jantares partidários para comemorar a entrada de novos filiados.

Na terça-feira passada, dia 10, Temer chamou o presidente do PRB, o ex-ministro Marcos Pereira, para sondar a possibilidade de o partido apoiar o projeto do MDB, seja ele próprio o candidato ou o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles.

Não teve sucesso. O PRB manteve o comando do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mesmo após lançar o empresário Flávio Rocha, dono das lojas Riachuelo, como pré-candidato à Presidência.

No mesmo dia, Temer participou de jantar do PR para saudar os novos deputados do partido. No encontro, cumprimentou os parlamentares um a um e discursou por 15 minutos, enaltecendo a aliança com a sigla, que ocupa o Ministério dos Transportes desde início do governo.

O PR passou a ser um dos partidos mais procurados por presidenciáveis após a condenação e prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O partido anunciou que, caso o ex-presidente consiga uma liminar para ser candidato, a sigla estará junto com o petista no pleito.

Na semana anterior, Temer já tinha participado de jantar na casa do presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI). O PP tem dado suporte à pré-candidatura do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Enquanto a eleição não chega, Temer precisa de apoio da base aliada para aprovar matérias econômicas importantes no Congresso, entre elas, a privatização da Eletrobras e a reoneração da folha de pagamento.

Enquanto isso, Meirelles deu início a uma agenda de viagens pelo País para tentar emplacar sua pré-candidatura. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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