Brasil

Os estudantes arredam o pé?

À meia-noite, terminou o prazo dado pelo governo para os estudantes deixarem as escolas públicas ocupadas por todo o Brasil, para viabilizar a realização do Enem, no próximo final de semana. Mas o movimento não parece muito disposto a arredar o pé, embora, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o número de escolas […]

PROTESTO: pós-graduação gratuita é um investimento social regressivo na renda / Wilson Dias / Agência Brasil

PROTESTO: pós-graduação gratuita é um investimento social regressivo na renda / Wilson Dias / Agência Brasil

DR

Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2016 às 18h13.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h39.

À meia-noite, terminou o prazo dado pelo governo para os estudantes deixarem as escolas públicas ocupadas por todo o Brasil, para viabilizar a realização do Enem, no próximo final de semana. Mas o movimento não parece muito disposto a arredar o pé, embora, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o número de escolas ocupadas ter caído 70% no Paraná. Os estudantes protestam contra a reforma do ensino médio, a PEC do teto de gastos e o projeto da Escola Sem Partido.

Para esta terça-feira, às 15h, está marcada uma coletiva de imprensa do Ministério da Educação para falar sobre a realização do exame, complicada pelas ocupações. No último balanço, divulgado em 19 de outubro, o MEC apontava 182 locais de prova ocupados, mas novas atualizações não foram divulgadas. A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) informa que já são 1.197 escolas ocupadas, 843 só no Paraná. O governo trabalha com a possibilidade de adiar a prova de 95.000 inscritos, que teriam o exame aplicado em escolas ocupadas, para os dias 6 e 7 de dezembro.

Em nota de 21 de outubro, o MEC informou que “a Advocacia-Geral da União já foi acionada e estuda as providências jurídicas cabíveis para os responsáveis pelas ocupações” e cobrou aos diretores de institutos federais, por meio de ofício, que identificassem os alunos envolvidos nas ocupações. A possibilidade de uma desocupação forçada deve ser o tema principal na coletiva de hoje.

É inegável a força que o movimento estudantil ganhou no último ano. Em São Paulo, a estratégia de ocupação de quase 200 escolas deu certo. Depois de mais de um mês de protestos, com forte repressão policial, os estudantes conseguiram fazer com que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) voltasse atrás na proposta de reorganização do ensino em dezembro. A entrevista de hoje deve dar pistas se o MEC também está disposto a ouvir as demandas.

Acompanhe tudo sobre:Às SeteEducaçãoExame Hoje

Mais de Brasil

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso

Chuvas fortes no Nordeste, ventos no Sul e calor em SP: veja a previsão do tempo para a semana

Moraes deve encaminhar esta semana o relatório sobre tentativa de golpe à PGR