Modelos negros brasileiros pedem mais representatividade nos desfiles de moda, em protesto no Rio de Janeiro (Yasuyochi Chiba/AFP/AFP)
Talita Abrantes
Publicado em 10 de maio de 2017 às 10h45.
Última atualização em 10 de maio de 2017 às 10h50.
São Paulo - Um negro no Brasil ganha, em média, a metade da renda de um branco. É o que mostra estudo divulgado nesta quarta-feira (10) pelo escritório brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/IBGE).
Na prática, segundo o relatório, os negros brasileiros levaram 10 anos para atingir o Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) experimentado pelos brancos no ano 2000. Mesmo assim, o IDHM desse grupo da sociedade continuou a avançar e, em 2010, era 14,4% superior ao dos negros.
Os dados revelam que a experiência de vida de uma pessoa com a cor da pele negra é mais difícil do que a de quem tem a cor branca em todos os sentidos. Os negros também vivem menos, estudam menos e moram em casas com infraestrutura pior.
Mas, em uma década, a desigualdade entre os dois grupos caiu pela metade graças, em grande medida, aos avanços dos negros em Educação. Eis uma pista de como corrigir anos de injustiça social.