A desigualdade de gênero no Brasil em um gráfico
Dados divulgados pelo IBGE mostram que as mulheres estudam mais e trabalham mais em casa, mas ainda recebem bem menos que os homens
Luiza Calegari
Publicado em 7 de março de 2018 às 10h01.
Última atualização em 7 de março de 2018 às 10h01.
São Paulo – As mulheres brasileiras estudam mais que os homens e trabalham mais horas nos afazeres domésticos, mas ainda recebem salários menores e têm menos cargos de poder.
É o que mostra um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta quarta-feira (7) referente aos anos de 2015 e 2016.
Para começar, a taxa de frequência média no ensino médio é dez pontos percentuais mais alta entre mulheres do que entre homens. Elas também têm maior proporção de formadas no ensino superior: 23,5% entre as brancas e 10,4% entre as negras.
Do total de homens e mulheres, em geral elas trabalham 18,1 horas por semana em afazeres domésticos e eles, 10,5.
No mercado de trabalho, a média salarial dos homens é de 2.306 reais, enquanto a das mulheres é de 1.764 reais. Eles ocupam 62,2% dos cargos gerenciais nas empresas, e elas apenas 37,8%.
A representação política é o pior dos índices: só 10,5% dos deputados na Câmara são mulheres. Elas eram cerca de 50,6% da população brasileira no momento da pesquisa, segundo o IBGE.