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A bomba de Cavendish; Wesley fala…

Cavendish implica Aloysio Nunes Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o dono da construtora Delta Engenharia, Fernando Cavendish, negocia um acordo de delação premiada em que detalharia propinas pagas a políticos do PMDB e do PSDB. Entre os citados está o tucano e senador por São Paulo Aloysio Nunes Ferreira. A investigação no […]

SÉRGIO CABRAL: Ex-governador, que está preso, é acusado agora de ter se beneficiado de esquema com empreiteiras para pagamento de propina de 5% sobre o valor dos contratos / Marcelo Fonseca/ FolhaPress (Marcelo Fonseca/Folha de S.Paulo)

SÉRGIO CABRAL: Ex-governador, que está preso, é acusado agora de ter se beneficiado de esquema com empreiteiras para pagamento de propina de 5% sobre o valor dos contratos / Marcelo Fonseca/ FolhaPress (Marcelo Fonseca/Folha de S.Paulo)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2016 às 05h53.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h59.

Cavendish implica Aloysio Nunes

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o dono da construtora Delta Engenharia, Fernando Cavendish, negocia um acordo de delação premiada em que detalharia propinas pagas a políticos do PMDB e do PSDB. Entre os citados está o tucano e senador por São Paulo Aloysio Nunes Ferreira. A investigação no âmbito da Operação Saqueador, da PF, apura um repasse de 71 milhões de reais da Delta a empresas de fachada durante as obras de ampliação da Marginal do Tietê, entre 2009 e 2011. Um dos responsáveis pela obra era o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira Souza, afilhado político do senador.

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Sérgio Cabral e Perillo

Cavendish também da detalhes da sua relação com o então governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral para obter vantagens na reforma do Maracanã e do parque Aquático Maria Lenk. Só para a reforma do estádio o governador teria cobrado propina de 5%. A relação entre os dois já é bastante conhecida. Cavendish aparecia em fotos ao lado do ex-governador brincando em um restaurante de Paris. O atual governador de Goiás, Marconi Perillo, também aparece citado pelo empreiteiro, que relata como obteve vantagens para os obras em quatro estradas do estado. Segundo o jornal, Cavendish também oferece uma lista de deputados estaduais e federais a quem fez pagamentos ilícitos. Esses nomes, porém, não foram divulgados.

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Haddad presidente?

Tarson Genro, ex-governador do Rio Grande do Sul, defende que Fernando Haddad seja o novo presidente nacional do PT e, por consequência, o candidato do partido em 2018. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Genro acredita que é preciso renovar a legenda e que o atual prefeito de São Paulo deveria assumir a “linha de frente do PT e da esquerda”.

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Wesley Batista

O empresário Wesley Batista, presidente da JBS, comentou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo sua proximidade com o PT. “Nós carregamos um carma de fazer parte daqueles campeões nacionais eleitos pelo governo do PT. Quem se deu ao mínimo de trabalho de ir lá e analisar e estudar vai ver que isso é uma lenda urbana ridícula. O BNDES investiu na JBS, no Marfrig, no Bertin e no Independência. Que escolhido é esse que fomos? A gente fica triste com isso. Conhecemos todos os partidos. Não temos ligação aí”, disse. Em 2014, a JBS dou 400 milhões para partidos políticos – 122 apenas para o PT.

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Greenfield

Wesley comentou também sobre a operação Greenfield, quando foi alvo de condução coercitiva da PF. A operação investiga o aporte de fundos de pensão de estatais em empresas privadas. Entre as empresas envolvidas estaria a Eldorado Brasil, de celulose, que parte do grupo J&F, que tem Wesley como um dos controladores. Sobre o caso, ele afirmou: “Não tem nada a ver com a JBS. É um negócio que é um investimento de sucesso. Não é dinheiro que foi desviado para outra finalidade. Temos uma fábrica extraordinária, que o grupo investiu ao redor de R$ 10 bilhões. Investiu acreditando no país. Os fundos investiram e hoje tem um belo resultado. É lucrativo.”

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Resgate ao Fies

O Congresso Nacional aprovou nesta terça o crédito suplementar de 1,1 bilhão de reais ao Ministério da Educação (MEC). A medida inclui o esperado resgate de 702,5 milhões de reais ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que há quatro meses não paga instituições de ensino privadas que recebem estudantes financiados pelo governo. O MEC estava sem pagar as taxas administrativas dos bancos oficiais que operam o programa.

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Conselho de prefeitos

O prefeito eleito de São Paulo, João Doria, convidou os ex-prefeitos recentes da capital paulista para integrar um conselho municipal, que atuará a partir do ano que vem e aproveitará a experiência dos antigos gestores no futuro mandato. A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), o ministro das Comunicações, Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD), e a deputada federal Luiza Erundina (PSOL) já aceitaram o convite. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o prefeito Fernando Haddad (PT) e Paulo Maluf (PP) também devem embarcar. Falta apenas o ministro de Relações Exteriores, José Serra. Ele está em viagem pelo governo federal e ainda não foi consultado.

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