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A avaliação ruim de Bolsonaro está em um patamar alto, mas isso pode mudar

O podcast semanal EXAME Política analisa os mais recentes dados da pesquisa EXAME/IDEIA com avaliação negativa recorde do presidente

 (Ueslei Marcelino/Reuters)

(Ueslei Marcelino/Reuters)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 5 de julho de 2021 às 12h20.

Última atualização em 5 de julho de 2021 às 12h23.

A última semana foi uma das mais ruins para a avaliação do governo de Jair Bolsonaro. De acordo com os mais recentes dados da pesquisa EXAME/IDEIA, as pessoas que acham o trabalho do presidente ruim e péssimo somam 54%. O número é o mais alto desde que ele assumiu o Palácio do Planalto, em janeiro de 2019. Os que avaliam o governo como ótimo e bom são 23%, e os que acham regular, 21%.

A percepção negativa da população é um reflexo direto dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia no Senado. Os parlamentares trouxeram nos últimos dias denúncias de supostas irregularidades na compra de vacinas contra a covid-19.

Apesar de estar em um patamar ruim recorde, a avaliação do governo pode mudar, como explica Maurício Moura, fundador do IDEIA, instituto de pesquisa. “Bolsonaro tem a possibilidade de buscar votos das pessoas que o avaliam como regular porque elas tendem a rejeitar mais o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Aí tem potencial de crescimento de 10%, e ele chegaria na eleição com 35% de aprovação”, explica.

Moura é o convidado do mais novo episódio do podcast EXAME Política, que semanalmente traz os assuntos mais quentes, com análise aprofundada. Nesta semana, ele avalia os números da pesquisa EXAME/IDEIA, a rejeição dos eleitores ao nome tanto de Lula quanto de Bolsonaro em 2022, e uma possível terceira via. O fundador do IDEIA ainda analisa o cenário eleitoral para o governo de São Paulo.

A pesquisa EXAME/IDEIA é um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. O levantamento ouviu 1.248 pessoas entre os dias 28 de junho e 1° de julho. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Clique aqui para ler o relatório completo.

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