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8 provas de que o Brasil ainda não é uma pátria educadora

Proporcionalmente, Brasil está na lista de países que mais investem na Educação, mas gasto por aluno e salários de docentes estão entre os piores

E outras que sugerem que, em termos, o país está na trilha certa (Jaime Souzza / Instituto Ayrton Senna)

Talita Abrantes

Publicado em 24 de novembro de 2015 às 10h55.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h25.

São Paulo – O Brasil está em terceiro no ranking de nações da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico ( OCDE ) que, proporcionalmente, mais destinam recursos para a Educação . Em 2012, 17,2% dos gastos públicos brasileiros foram direcionados para o setor. Os dados são do relatório Education at a Glance 2015, divulgado hoje pela OCDE. Mesmo assim, o país está abaixo da média das nações analisadas quando se leva em conta o quanto é investido por aluno anualmente. Segundo o estudo, os Brasil gasta, por ano, US$ 3.441 para cada estudante matriculado na rede pública do ensino básico até o ensino superior. A média da OCDE é de US$ 9.317. Nesse quesito, o Brasil só está à frente de países como Indonésia, Colômbia, Turquia e México. Os valores foram convertidos para o dólar americano pela metodologia paridade do poder de compra. Em média, um professor em início de carreira no Brasil ganha cerca de 12 mil dólares por ano - menos da metade da remuneração inicial dos docentes de outros países da OCDE. “A nossa dívida educacional é muito grande, mas ela está sendo paga”, afirma Francisco Soares, presidente do Inep. “Estamos fazendo um enorme esforço para colocar mais recursos na educação”. A passos lentos
A evolução do país em uma série de indicadores apresentados no estudo, em certa medida, confirma o argumento do presidente do Inep. O aumento da proporção dos recursos investidos na Educação é uma delas. Em 2012, o Brasil passou a destinou 4,7% do PIB para o setor – doze anos antes, o percentual era de 2,4%. Outra maneira de medir o quanto o sistema educacional está evoluindo em uma dada localidade é comparar as taxas de escolaridade em diferentes gerações – e o Brasil teve um resultado positivo nesta análise. De acordo com o estudo, apenas 28% dos brasileiros na faixa etária dos 55 aos 64 possuem um diploma do Ensino Médio, no entanto, a proporção aumenta para 61% quando se analisa a taxa de conclusão do ensino médio entre os jovens com idade entre 25 e 34 anos. O número de pessoas que terminaram a faculdade no país também avançou nos últimos anos – embora que a passos lentos. Entre 2009 e 2013, a proporção de brasileiros que tinha um diploma de ensino superior subiu de 11% para 14%. Mesmo assim ...
Entre os países analisados, o Brasil tem uma das piores taxas de conclusão de ensino médio entre jovens de 25 e 34 anos. E, segundo o estudo, quase dois terços dos dos jovens de 20 a 25 anos não está estudando. Pior: 20% dos brasileiros de 20 a 29 fazem parte da geração nem-nem, aquela formada pelas pessoas que não trabalham e não estudam.  Veja, a seguir, outros dados que contrariam o lema declamado por Dilma Rousseff, durante a cerimônia de posse de seu segundo mandato,  de que o Brasl seria uma pátria educadora.
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