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51% dos brasileiros está acima do peso, diz pesquisa

Em 2006, quando o levantamento do Ministério da Saúde começou a ser feito, eram 43%


	Obesos: apesar do crescimento registrado na pesquisa, o governo não tem intenção de mudar a estratégia para prevenção e combate ao excesso de peso da população
 (Philippe Huguen/AFP)

Obesos: apesar do crescimento registrado na pesquisa, o governo não tem intenção de mudar a estratégia para prevenção e combate ao excesso de peso da população (Philippe Huguen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2013 às 14h25.

Brasília - Mais da metade dos brasileiros está acima do peso, revela pesquisa do Ministério da Saúde. O trabalho, feito em todas as capitais do País e no Distrito Federal, mostra que 51% da população tem sobrepeso. Em 2006, quando o levantamento começou a ser feito, eram 43%. A obesidade também aumentou no período de 11% para 17%.

Ao anunciar os números, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que a adoção de hábitos mais saudáveis é tarefa de todos. "A hora é agora. Caso algo não seja feito, em dez anos podemos ter números semelhantes aos dos Estados Unidos."

Apesar do crescimento registrado na pesquisa, Padilha disse não haver intenção do governo de mudar a estratégia para prevenção e combate ao excesso de peso da população, um problema que está relacionado ao aparecimento de doenças como diabetes, hipertensão e câncer.

A ideia, completou, é reforçar as medidas que já vêm sendo adotadas: a construção de unidades do Academia de Saúde, centros com infraestrutura e profissionais para orientar a população a práticas de atividade física, e o Saúde na Escola, com informações sobre obesidade para estudantes. Batizada de Vigitel, a pesquisa é feita por meio de entrevistas telefônicas, com maiores de 18 anos.

O trabalho mostra outro dado preocupante: o alto porcentual de pessoas que consomem em excesso bebida alcoólica. O abuso é maior entre as pessoas com maior escolaridade: 22% dos que têm mais de 12 anos de estudo disseram ter consumido de forma excessiva bebidas no mês anterior à entrevista.

Entre aqueles com 9 a 11 anos, a média foi de 19,4% e entre os com menos de oito anos, 15%. "A população mais vulnerável é a masculina: da parcela com maior escolaridade, 31,9% disseram beber de forma excessiva", afirmou o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.

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