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50 dias de emoções a caminho

Com tanta notícia vinda de Brasília, ninguém parece muito preocupado, mas faltam exatos 50 dias para as Olimpíadas do Rio de Janeiro. Para os padrões brasileiros, os jogos chegam a ser um exemplo de organização. Mas o que não faltam são pontas soltas a resolver daqui pra frente. A primeira: o Brasil pode começar os […]

TEMER VISITA ARENA DOS JOGOS: nos próximos 50 dias, muita coisa pode acontecer  / Tânia Rego/ Agência Brasil

TEMER VISITA ARENA DOS JOGOS: nos próximos 50 dias, muita coisa pode acontecer / Tânia Rego/ Agência Brasil

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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2016 às 05h41.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h25.

Com tanta notícia vinda de Brasília, ninguém parece muito preocupado, mas faltam exatos 50 dias para as Olimpíadas do Rio de Janeiro. Para os padrões brasileiros, os jogos chegam a ser um exemplo de organização. Mas o que não faltam são pontas soltas a resolver daqui pra frente.

A primeira: o Brasil pode começar os jogos com um presidente – Michel Temer, como interino – e terminar com outro, caso Dilma Rousseff retorne em agosto. O comitê olímpico e o Rio-2016 também passam pelo constrangimento de convidar ou não a presidente afastada Dilma Rousseff. Se sim, qual seria seu papel? Ela diz que quer ir. Temer diz que, se ela for, cumprimentá-la-á.

No Rio, o clima é de cemitério. Quebrado, o estado passa por muitas dificuldades. “Hoje não tem clima nenhum para a Olimpíada. O Rio está falido, o salário dos servidores atrasado, os aposentados quase não recebem”, afirma o deputado estadual Marcelo Freixo, do PSOL.

O legado dos empreendimentos que surgiram na cidade também é questionado. O metrô para a Barra da Tijuca, onde ocorrerá boa parte dos jogos, pode não ficar pronto a tempo. Por isso, Temer reforçou esta semana, ao visitar as instalações, que o governo garantirá um repasse para o fim das obras, que estão 98% concluídas, segunda os organizadores.

Para complicar, sete empreiteiras investigadas na Lava-Jato tocaram 11 projetos orçados em 27 bilhões de reais. Na semana passada, a Polícia Federal fez operação no Complexo de Deodoro para apurar fraudes no transporte e no descarte de resíduos de obras tocadas por OAS e Queiroz Galvão. No Porto Maravilha, somente Eduardo Cunha teria recebido 52 milhões de reais em propinas. Novos escândalos podem surgir a qualquer momento. À frente, 50 dias do mais puro espírito olímpico.

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