5 prefeitos e vices envolvidos em crimes em 2011

Em maio a Polícia Civil realizou uma operação que resultou na prisão de 11 pessoas acusadas de corrupção na prefeitura de Campinas (SP). O vice-prefeito da cidade, Demétrio Vilagra (PT) está entre os suspeitos, e foi preso no fim do mês. Na foto, Vilagra aparece à direita, assinando um documento. Vilagra está entre os possíveis envolvidos em um esquema de fraudes em contratos e licitações da Sanasa, companhia de saneamento de Campinas, que tem a Prefeitura como acionista majoritária. Um relatório do Ministério Público aponta ainda a primeira dama do município, Rosely Nassim Jorge Santos, como a cabeça das operações ilícitas. Rosely conseguiu na justiça um habeas corpus que a impede de ser presa. Ela nega as acusações. Ainda em maio, a Câmara de Vereadores de Campinas aprovou, por unanimidade, a abertura do processo para pedido de impeachment do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT). Santos, entretanto, ainda não é alvo de investigações porque possui foro privilegiado perante o Tribunal de Justiça.

O prefeito de Taubaté (SP), Roberto Peixoto (PMDB) e a primeira dama, Luciana Peixoto, foram presos na terça-feira (21). Eles são acusados de formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. A Polícia Federal afirma que o esquema de fraudes comandado por Peixoto existe desde 2007. As investigações devem continuar pelos próximos dois meses e, segundo a polícia, mais pessoas serão detidas. Peixoto e a esposa entraram com pedido de habeas corpus na Justiça, mas ele foi negado. Ambos devem permanecer presos pelos próximos cinco dias, para não interferirem nas investigações.

O médico Fernando Sapede, vice-prefeito da cidade de Embu-Guaçu (SP), está preso desde o último domingo (20). A Justiça entende que o político violou a fiança ao dirigir embriagado e atropelar uma pessoa em abril deste ano. Ele já havia sido preso pelo mesmo motivo em 2010. Sapede também está sendo investigado pela Justiça por falsidade ideológica e exercício ilegal da Medicina. Segundo informações da Polícia Civil, o médico emprestava seu carimbo para um auxiliar formado na Venezuela e sem registro no Conselho Regional de Medicina (CRM).