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4 órgãos além da Petrobras que estão no radar da Lava Jato

Os últimos desdobramentos da Operação Lava Jato revelam que o esquema de desvios de recursos públicos não se restringiu aos limites da Petrobras

Plataforma da Petrobras (Germano Lüders / EXAME)

Plataforma da Petrobras (Germano Lüders / EXAME)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 13 de agosto de 2015 às 17h42.

São Paulo – Os últimos desdobramentos da Operação Lava Jato revelam que o esquema de desvios de recursos públicos não se restringiu aos limites da Petrobras.

Há duas semanas, as investigações sobre o esquema de corrupção avançaram sobre a Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras. Hoje, foi a vez do Ministério do Planejamento entrar na mira da Polícia Federal e Ministério Público.

Em fases anteriores da Lava Jato, outros órgãos públicos também foram citados pelos investigadores. Veja as suspeitas que recaem contra cada um deles:


Ministério do Planejamento

(Elza Fiúza/Agência Brasil)


A Polícia Federal apura desvios de até 52 milhões de reais em contratos de crédito consignado oferecidos a servidores federais segundo acordo do Ministério do Planejamento com a Associação Brasileira de Bancos e o Sindicato Nacional das Entidades Abertas de Previdência Complementar.

 A suspeita é de que os desvios ocorreram de 2010 até julho deste ano. 

Eletronuclear

Obras de Angra 3 (INFO)


As investigações da Polícia Federal apontam que Othon Luiz Pinheiro da Silva, presidente licenciado da Eletronuclear, teria recebido 4,5 milhões de reais em propina em contratos relacionados à obra da Usina Angra 3, que está há 34 anos em construção.

UTC, Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, Techint e EBE, empresas que formavam o consórcio responsável pelas obras de Angra 3, estariam envolvidas no esquema. Há indícios de que a Engevix também teria feito pagamento de propina. 

Ministério da Saúde e Caixa Econômica Federal

Agência da Caixa Econômica Federal (Lia Lubambo/EXAME)


De acordo com a Polícia Federal, o Ministério da Saúde e a Caixa Econômica Federal contrataram uma agência de publicidade.
A empresa – por sua vez – subcontratou fornecedoras de materiais de fachada que tinham como sócios o ex-deputado petista André Vargas e seu irmão, Leon Vargas. 

Segundo os investigadores, tais empresas não existem fisicamente e recebiam cerca de 10% do contrato firmado com a empresa principal. 

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