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3 polêmicas na sabatina com Haddad

O candidato à prefeitura de São Paulo pelo PT, Fernando Haddad, participou hoje da sabatina Folha/UOLe encontrou perguntas mais tranquilas do que seus opositores


	Fernando Haddad: candidato recebeu até elogio por sua eloquência e confessou ter feito um media training para os debates televisionados
 (Divulgação/Facebook)

Fernando Haddad: candidato recebeu até elogio por sua eloquência e confessou ter feito um media training para os debates televisionados (Divulgação/Facebook)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2012 às 13h14.

São Paulo – Com Gabriel Chalita, um eterno debate a respeito de religião e demagogia. Com Celso Russomanno, idem. Soninha teve de responder a questões como “mas você não vai se eleger, então pra que se candidatar?”. Por enquanto, só Fernando Haddad se livrou das difíceis questões pessoais que outros prefeituráveis tiveram de responder. A última sabatina da Folha/UOL será nesta sexta com o candidato José Serra.

Sem grandes momentos de tensão ente ele e os jornalistas, o candidato teve tempo para falar de suas propostas e responder questões sobre a campanha.

Confira três questões que foram discutidas na sabatina:

Mensalão

Como não poderia deixar de ser, o escândalo que afetou o PT foi citado pelos entrevistadores, que cobraram uma posição do candidato. Os jornalistas comentaram que membros do PT chegaram a dizer que o caso seria uma “tentativa de golpe” e negaram a existência do Mensalão.

Sem contradizer ninguém diretamente, Haddad preferiu reiterar seu respeito pela instituição do Supremo Tribunal Federal (STF): “Alguns daqueles ministros, inclusive, foram meus professores. Não tenho como não respeitar, mas claro que isso é uma democracia, as pessoas podem não concordar com a presidenta, com o prefeito ou com o ministro”.

Kit anti-homofobia

Uma das grandes polêmicas do Ministério da Educação quando Haddad era ministro foi o “kit anti-homofobia” que seria distribuído em escolas públicas federais. Muitas pessoas consideraram o conteúdo impróprio e até extremamente estereotipado (quando não preconceituoso) e Dilma Rousseff vetou a distribuição do kit.


Quando questionado sobre se ele tentaria impor algo semelhante caso fosse eleito prefeito de São Paulo, Haddad aproveitou o momento para explicar o que havia acontecido. Segundo o candidato, o kit foi produzido por uma ONG ativista gay em parceria com o Estado e não havia passado por revisão. Na realidade, ele foi vetado pelo Ministério. “A presidenta me ligou e juntos nós decidimos vetar".

Maluf

Outro tema que Haddad provavelmente prefere evitar (mas é impossível) é a aliança de seu partido com o PP do deputado federal Paulo Maluf. A icônica foto do candidato e do ex-presidente apertando as mãos de Maluf nos jardins de sua mansão fez a festa dos opositores de Haddad.

O discurso do petista sempre foi o mesmo e na sabatina também não foi diferente: “Eu faço alianças com partidos e não com pessoas”. Para os jornalistas da Folha, ele ainda explicou que estava em um almoço com todos os vereadores do PP que foi organizado por um dos candidatos a vereador.

Quando questionado sobre o quê Maluf levaria com essa aliança, Haddad foi direto: “Ele não vai levar nada”.

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