Rio de Janeiro - O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) aceitou o pedido e concedeu habeas corpus a 12 dos 19 ativistas que foram detidos no sábado passado, véspera da final da Copa do Mundo, por possível participação em protestos violentos.

A decisão judicial, tomada hoje pelo desembargador Siro Darlan, da 7ª Câmara Criminal, foi comunicada pelos advogados de defesa à imprensa enquanto cerca de 100 pessoas manifestavam na porta do TJ-RJ para exigir a libertação de todos os ativistas, os qualificando de "presos políticos".

No sábado, a Polícia Civil do Rio deteve os ativistas sob a acusação de formação de grupo armado e por sua suposta participação em atos violentos em manifestações populares em março deste ano.

O juiz que ordenou as prisões, Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau, da 27ª Vara Criminal da Capital, considerou "imprescindível" manter as detenções até o fim da Copa, porque havia indícios que os ativistas pudessem fazer uso de "extrema violência" em um protesto nesse dia.

Várias organizações de direitos humanos e a Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB) condenaram as prisões e as consideraram "arbitrárias" e de "caráter intimidatório".