10 anos após morte, mãe de Isabella Nardoni fala sobre a filha
No próximo dia 29, fará 10 anos que a menina morreu. Seu pai, Alexandre Nardoni, e madrasta, Anna Carolina Jatobá, foram acusados pelo crime
Da Redação
Publicado em 18 de março de 2018 às 12h20.
Última atualização em 18 de março de 2018 às 12h30.
São Paulo - Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, falou sobre como está sua vida atualmente, dez anos depois do assassinato de sua filha, e sobre como foi reconstruí-la. "Hoje a gente procura pensar de uma forma mais suave, mas eu acho que o único sentimento que existe é a saudade. Que é o maior deles, e esse nunca passa", disse ao G1.
No próximo dia 29 de março, fará dez anos que Isabella, com 5 anos na época, morreu. Seu pai, Alexandre Nardoni, e madrasta, Anna Carolina Jatobá, foram acusados de terem agredido a menina e jogado seu corpo do sexto andar de seu apartamento, na Zona Norte de São Paulo. Hoje, cumprem pena de mais de 30 anos e mais de 26 anos, respectivamente.
Dois anos depois do crime, em 2010, Ana Carolina fez um intercâmbio de seis meses nos Estados Unidos, como parte de um processo de auto-conhecimento. "Acho que era um pouco para me redescobrir na época (...) Foram dois anos intensos de muita turbulência na vida. Mudanças e era como se eu não me reconhecesse mais", contou.
Quando voltou para o Brasil, Ana Carolina se casou e teve mais um filho, o Miguel. "Hoje tenho dois filhos", disse ela se referindo também à Isabella.Sua família, amigos, e a terapia foram as coisas que mais a ajudaram até hoje no luto."Minha vida já tá bem mais reconstruída, mais sólida (...) Hoje eu tô muito bem".
Sobre a saída da madrasta de Isabella da prisão em regime semi-aberto, Ana Carolina diz que acha ser um absurdo: "Como é que pessoas que cometem crimes tão bárbaros, cruéis tem a opção de estar livre? Tem a opção de liberdade?... Sair justamente em datas tão fortes: dia das mães, dia das crianças?".
No início de março, a defesa do casal condenado pela morte de Isabella pediu que as penas dos dois fossem reduzidas. A defesa argumenta que as penas aplicadas ao casal foram exacerbadas pela repercussão dada ao caso pela mídia e pela grande comoção social gerada pelas circunstâncias da morte da menina.Pedido tramita no Supremo Tribunal Federal ( STF ) e ainda não tem prazo para ser julgado.