No G20, Brasil deve criar força-tarefa contra mudança climática, diz embaixador na COP28
André Corrêa do Lago afirmou nesta segunda-feira, 4, que país também deve fomentar a bioeconomia entre o bloco
Repórter de Agro
Publicado em 4 de dezembro de 2023 às 09h30.
Última atualização em 4 de dezembro de 2023 às 11h09.
Desde o dia 1° de dezembro, o Brasil está na presidência temporária do G20 , grupo que reúne as 19 principais economias do mundo, a União Europeia e, a partir deste ano, a União Africana. O governo brasileiro deve aproveitar a oportunidade para chamar a atenção para o financiamento climático e o desenvolvimento sustentável.
Durante painel na COP28 , o embaixador André Corrêa do Lago afirmou que a liderança brasileira deve criar uma força-tarefa global contra as mudanças climáticas, buscando integrar abordagens do setor público e privado.
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De acordo com o diplomata especialista em negociações na área ambiental, a força-tarefa será apresentada em breve, buscando coerência política e técnica – mas sem interferir nas negociações climáticas x multilaterais.
“A primeira preocupação do Brasil no G20 é não interferir nas negociações, então a lógica das negociações tem que seguir e no caso de mudança do clima, é uma negociação em que há regras muito específicas, que foram negociadas durante muitos anos e a gente não pode solapar o processo multilateral”, afirmou.
Além disso, ele revelou que o Brasil tem planos para uma iniciativa do G20 em bioeconomia, a fim de liderar as discussões a respeito.
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Corrêa do Lago também enfatizou a necessidade de fortalecer esforços tanto no âmbito do G20 quanto do BRICS e do BASIC (Brasil, África do Sul, Índia e China). Para tanto, o país precisará trabalhar arduamente até 30 de novembro de 2024, quandomandato da presidência do G20 se encerra.
Junto a André Corrêa do Lago, participaram do painel Adriana Abdenur, assessora especial da Presidência da República; Carlos da Fonseca, secretário de Relações Institucionais da Presidência; Ivan Oliveira, subsecretário de Financiamento ao Desenvolvimento Sustentável do Ministério da Fazenda; Maiara Folly, co-fundadora da Plataforma CIPÓ e Sandra Paulsendo, coordenadora do Ipea.