Na COP28, Lula destaca importância do etanol na agenda de transição energética
Presidente falou neste sábado, 02, durante encontro com a sociedade civil, antes de se reunir com líder da Etiópia
Repórter de Agro
Publicado em 2 de dezembro de 2023 às 06h31.
Última atualização em 2 de dezembro de 2023 às 08h19.
Dubai, Emirados Árabes - Neste sábado, 2, durante a Conferência do Clima (COP28), em Dubai, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou que o Brasil tem a capacidade de se tornar referência na agenda global de transição energética.
Em encontro com a sociedade civil, Lula afirmou que o país "será imbatível nessa discusão de transição energética", pois 90% da energia utilizada no território é renovável, incluindo o uso de etanol, a política do biodiesel e o hidrogênio verde.
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Ainda que tenha ressaltado a energia limpa, o presidente afirmou que o Brasil vai participar do Opep Plus,grupo mais informal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) com outros 10 associados, além dos 13 integrantes oficiais.
Ele esclareceu que o Brasil não terá direito ao voto, mas quer aproveitar a ocasião para "discutir um pacote de 160 bilhões de reais para fortalecer a questão de energia renovável".
"É preciso convencer os países do petróleo que eles precisam se preparar para o fim dos combustíveis fósseis. Isso significa aproveitar o dinheiro que lucram com o petróleo e fazer investimento para que regiões como a América Latina possam produzir os combustíveis renováveis que eles precisam, sobretudo o hidrogênio verde", disse.
Desmatamento zero
Lula voltou a falar do compromisso do desmatamento zero até 2030 e, para isso, se referiu à fatídica fala do ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sobre “passar a boiada”.
"Chegar ao desmatamento zero até 2030 é um questão de fé, de política e de compromisso. Nós saímos rapidamente do 'abre a porteira para o gado passar' para 'fechar a porteira e permitir que as plantas voltem a crescer'", disse.
Ao lado da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o presidente reforçou a perspectiva do governo federal de recuperar 40 milhões de hectates de pastagens degradadas. Após restauradas, ele indicou que as áreas servirão para a popução "plantar e criar o que quiser".
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