EXAME Agro

Apoio:

LOGO TIM 500X313

Mercadante defende novo plano safra para estimular economia de baixo carbono

Para Mercadante, o crédito agrícola poderá ser uma ferramenta de estímulo a essas novas práticas na agropecuária

Mercadante: "Vamos precisar de um novo plano safra para estimular a agricultura de baixo carbono e estimular a recuperação de áreas de pasto degradado" (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Mercadante: "Vamos precisar de um novo plano safra para estimular a agricultura de baixo carbono e estimular a recuperação de áreas de pasto degradado" (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 16 de fevereiro de 2023 às 08h21.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, defendeu nesta quarta-feira, 15, o apoio da instituição de fomento ao frigorífico JBS, mas reconheceu que as práticas ambientais das empresas do agronegócio terão que mudar num contexto de transição para uma economia de baixo carbono. Para Mercadante, o crédito agrícola poderá ser uma ferramenta de estímulo a essas novas práticas na agropecuária.

"Vamos precisar de um novo plano safra para estimular a agricultura de baixo carbono e estimular a recuperação de áreas de pasto degradado", afirmou o presidente do BNDES, em entrevista coletiva sobre o Fundo Amazônia, na sede do banco, no Rio.

Segundo Mercadante, a área plantada da agricultura nacional poderia praticamente dobrar com a recuperação de áreas de pastagens degradadas. Os investimentos nessa recuperação e em outras práticas sustentáveis de produção podem ser incentivados com melhores condições de crédito. "Tem que ter diferencial de juros para estimular novas praticas", afirmou Mercadante.

O presidente do BNDES foi instado a comentar sobre o apoio ao JBS - destaque na polêmica política que acabou conhecida como "campeões nacionais", durante os anos de expansão do banco de fomento nos governos do PT - ao ser questionado sobre as práticas ambientais do frigorífico.

"Emprestamos em torno de R$ 8 bilhões pra o JBS", afirmou Mercadante, numa referência às operações de apoio ao frigorífico que, na verdade, foram em sua maioria feitas via participação acionária no capital da companhia. "Tivemos um ganho de R$ 21 bilhões (nas operações com o JBS), mas você tem razão, as praticas da agricultura e da pecuária terão que mudar", completou o presidente do BNDES, ao ser questionado sobre frequentes acusações de más práticas por parte do JBS, com destaque para a compra de gado de áreas em que pode haver desmatamento ilegal.

Acompanhe tudo sobre:AgriculturaCarbonoExame-Agro

Mais de EXAME Agro

Aumento de custos, menos crédito e mais exportação: como o dólar alto afeta o agro brasileiro

Lei antidesmatamento da União Europeia avança para o Conselho Europeu

Cacau beira os US$ 12 mil e expectativa é de mais volatilidade em 2025

Os planos da maior marca de azeite da Itália para cair — de vez — no gosto do brasileiro em 2025