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Fintech de crédito rural estende programa para compra de fertilizantes

TerraMagna, que captou US$ 40 milhões em investimento no começo do ano, decide facilitar compra de insumo agrícola diante de incertezas nas importações com guerra na Ucrânia

Bernardo Fabiani, CEO da TerraMagna: programa de crédito para compra de fertilizantes (Leandro Fonseca/Exame)

Bernardo Fabiani, CEO da TerraMagna: programa de crédito para compra de fertilizantes (Leandro Fonseca/Exame)

CA

Carla Aranha

Publicado em 13 de maio de 2022 às 14h00.

Última atualização em 25 de maio de 2022 às 09h29.

Diante de um cenário de contínuas incertezas sobre a importação de fertilizantes, com o agravamento da guerra na Ucrânia e sanções à Rússia, a TerraMagna, considerada uma das maiores fintechs do agronegócio no país, decidiu prorrogar uma iniciativa que visa facilitar a liberação de crédito para compra de insumos agrícolas. A Rússia responde, sozinha, por 23% das compras externas de adubo realizadas pelo Brasil -- o Leste Europeu, especialmente no que diz respeito a países como a Bielorrússia, outro grande fornecedor internacional, e a Ucrânia, é uma importante porta de saída dos embarques de insumos agrícolas com destino aos portos brasileiros.

Destinado a distribuidores, o Programa Nacional de Fertlizantes, lançado no início de abril, deverá ser estendido até o dia 6 de junho. Foram disponibilizados 500 milhões de reais para o programa, segundo a empresa. Cerca de 30% desse valor já foi concedido e outros 300 milhões de reais estão em análise. A liberação do crédito em geral acontece em até duas semanas e os juros começam em 1,3% ao mês, de acordo com a TerraMagna.

“A ideia é que o distribuidor de insumos possa apoiar seus clientes com a garantia da disponibilidade do produto pela compra à vista”, afirma Bernardo Fabiani, CEO e fundador da TerraMagna. "Ao adquirir antecipadamente o produto, há maior probabilidade de fechar negócios com melhores condições de pagamento e certeza de entrega do adubo".

Com uma carteira de crédito de cerca de 700 milhões de reais, a TerraMgana, fundada em 2017, levantou 40 milhões de dólares no início do ano em uma rodade de investimento liderada por fundos como o SoftBank e o Shift Capital. Hoje, a empresa é candidata a se tornar um dos primeiros unicórnios do agro do país, como são chamadas as startups que valem pelo menos 1 bilhão de dólares. “A agricultura é um grande mercado no Brasil, mas os agricultores ainda carecem de financiamento para comprar sementes, fertilizantes e pesticidas”, disse Felipe Fujiwara, líder de investimentos do SoftBank Latin America Fund, braço latino-americano do fundo, por ocasião da realização do investimento. 

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