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As 100 cidades mais ricas do agronegócio brasileiro em 2023

Levantamento feito a partir do valor bruto da produção em lavouras no ano passado mostra que 40% ficam no Mato Grosso, incluindo o líder Sorriso

Vista aérea de Sinop, em Mato Grosso: a receita do agronegócio levou o desenvolvimento a cidades do Centro-Oeste (Florian Plaucher/AFP/Getty Images)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 11 de outubro de 2023 às 16h21.

Última atualização em 11 de outubro de 2023 às 16h24.

O Ministério da Agricultura e Pecuária divulgou o rankingcom os 100 municípios mais ricos do agronegócio brasileiro, a partir de dados da produção em lavouras. Juntos, eles tiveram um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 288,14 bilhões no ano passado, o equivalente a 34,7% dos R$ 830,09 bilhões contabilizados em todo o país.

Dos 100 municípios mais ricos, 67 ficam na região Centro-Oeste: 40 em Mato Grosso, 14 em Goiás, 11 no Mato Grosso do Sul e um no Distrito Federal (Brasília). Os demais estão localizados em Minas Gerais (11), Bahia (7), Pará (4), Paraná (3), Maranhão (2), Piauí (2), São Paulo (2), Pernambuco (1), Rio Grande do Sul (1) e Tocantins (1). Os dados são referentes ao ano completo de 2022 e foram publicados neste ano.

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Entre os 20 primeiros colocados, 14 municípios são do Mato Grosso, três de Goiás, dois da Bahia e um do Mato Grosso do Sul. O ranking foi elaborado com base na pesquisa da Produção Agrícola Municipal (PAM) realizada pelo IBGE em 2022, que coletou dados sobre  lavouras permanentes e temporárias em 5.563 municípios.

Sorriso no topo

A liderança ficou com Sorriso (MT), que teve um VBP de R$ 11,48 bilhões no ano passado, o equivalente a 1,38% do total nacional e 6,6% do registrado por Mato Grosso. Se fosse um estado, o município ocuparia a 16ª posição no ranking nacional, à frente, por exemplo, de Rondônia, Pernambuco e Ceará.

Do total do valor bruto de produção de Sorriso, 98,6% vêm de apenas três culturas: soja (50,6% ou R$ 5,81 bilhões), milho (36,9% ou R$ 4,23 bilhões) e algodão (11,1% ou R$ 1,27 bilhão). Em segundo lugar, está Campo Novo do Parecis (MT), com VBP de R$ 8,16 bilhões no ano passado, dos quais 95,8% foram provenientes do cultivo de soja, milho e algodão.

A terceira posição é de Sapezal (MT), que totalizou R$ 8,02 bilhões. Na sequência, estão Rio Verde (GO), com R$ 7,99 bilhões; São Desidério (BA), que somou R$ 7,63 bilhões; Nova Ubiratã (MT), com R$ 6,83 bilhões; Nova Mutum (MT), que registrou R$ 6,33 bilhões; Jataí (GO), com R$ 6,29 bilhões; Formosa do Rio Preto (BA), cujo VBP foi de R$ 6,17 bilhões; e, no 10º lugar, Diamantino (MT), com R$ 5,83 bilhões.

Desempenho por Estado

Entre os Estados, o Mato Grosso lidera com uma produção avaliada em R$ 174,8 bilhões no ano passado, o equivalente a 21,1% do total nacional. Em seguida, estão São Paulo (R$ 103,03 bilhões ou 12,4%) e Minas Gerais (R$ 87,3 bilhões ou 10,5%). Juntos, o trio representou 44% do VBP brasileiro em 2022.

Completam as 10 primeiras colocações, em sequência, Paraná (R$ 81,13 bilhões ou 10,1%), Goiás (R$ 77,11 bilhões ou 9,3%), Rio Grande do Sul (R$ 64,71 bilhões ou 7,8%), Mato Grosso do Sul (R$ 50,16 bilhões ou 6%), Bahia (R$ 42,26 bilhões ou 5,1%), Pará (R$ 24,38 bilhões ou 2,9%) e Santa Catarina (R$ 20,1 bilhões ou 2,4%).

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