Agronegócio brasileiro abre 72 novos mercados no primeiro semestre, diz Mapa
Número, segundo a pasta, supera recordes anteriores e é maior do que o registrado durante todo o ano de 2019 e 2022, que tiveram 35 e 53 novas aberturas, respectivamente
Repórter de agro e macroeconomia
Publicado em 1 de julho de 2024 às 10h20.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou neste domingo (30) que 72 novos mercados para produtos agrícolas do Brasil foram abertos no primeiro semestre de 2024. O número, segundo a pasta, supera recordes anteriores e é maior do que o registrado durante todo o ano de 2019 e 2022, que tiveram 35 e 53 novas aberturas, respectivamente.
De acordo com o Mapa, apenas em junho foram abertos 26 novos mercados em 13 países, correspondendo a 32% de todas as aberturas realizadas no ano— as aberturas até agora abrangem todos os continentes, com a Ásia liderando com 13 mercados, seguida pelas Américas (7), África (6), Europa (3) e Oceania (1).
Entre os principais produtos que tiveram acordos nos requisitos sanitários e fitossanitários estão pescados de cultivo e derivados, sementes de hortaliças, suínos vivos e seus derivados, carne suína, pescados, gelatina e colágeno de várias origens.
Além disso, proteínas processadas de aves, produtos à base de camarões, embriões bovinos, sêmen bovino, alevinos de tilápia, peixes ornamentais, carne e produtos cárneos de ovinos, extrato de carne bovina, café verde, ovos e milho não transgênico estão entre os produtos.
A expansão de mercados internacionais tem impulsionado as exportações brasileiras, com o agronegócio representando 49,6% do total nos primeiros cinco meses do ano, gerando US$ 67,17 bilhões em receita.
Desde o início de 2023, o Brasil alcançou um total de 150 mercados em 52 países.
Exportações do agro em queda
Em maio, o Mapa informou que as exportações do agronegócio brasileiro atingiram US$ 15,05 bilhões, montante 10,2% abaixo do registrado no mesmo mês de 2023 – em termos absolutos, houve queda de US$ 1,71 bilhão nas vendas externas. De acordo com a pasta, o recuo ocorreu em razão dos menores preços médios de exportação e da redução do volume global embarcado— os dados consolidados da balança comercial brasileira referentes a junho serão reportados nos próximos dias pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).