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Mulheres podem manter os treinos com barrigão

Com o aval do médico e cuidados, dá para manter os treinos de corrida durante a gestação

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Grávida correndo: o médico precisa avaliar se a paciente está em condições de praticar atividade física e checar diversos outros fatores que envolvem a saúde da mãe e do bebê (Getty Images)

Grávida correndo: o médico precisa avaliar se a paciente está em condições de praticar atividade física e checar diversos outros fatores que envolvem a saúde da mãe e do bebê (Getty Images)

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Mário Sérgio Andrade Silva

Publicado em 26 de agosto de 2013 às, 11h00.

São Paulo - Quando o teste de gravidez dá positivo, é natural que a cabeça da mulher se encha de dúvidas. Mas a corredora tem uma questão a mais: “Vou poder continuar treinando?” Elas logo vêm nos perguntar se podem malhar ou não e se há alguma recomendação especial sobre atividade física, sua intensidade e duração.

Essas respostas devem ser dadas pelo médico. É ele quem precisa avaliar se a paciente está em condições de praticar atividade física, se a gestação é normal, se não há riscos e checar diversos outros fatores que envolvem a saúde da mãe e do bebê. Mas a pergunta que fica é: depois do sim do médico, as gestantes saudáveis devem ou não fazer exercícios?

Desde a década de 50, o Colégio Americano de Medicina Desportiva (ACSM) revisa a literatura médica sobre exercícios na gestação. Naquela época, a recomendação era bem conservadora: as grávidas só podiam caminhar 1 milha (1,6 km) por dia. Na década de 80, as gestantes eram orientadas a treinar três vezes por semana, entre 15 e 20 minutos por sessão. Atualmente, porém, especialistas dizem que mamães podem e devem se exercitar em níveis leves (60%-70% da frequência cardíaca máxima, ou FCM) a moderados (75%-85%). Estudos feitos com animais mostram que atividades intensas (acima de 85% da FCM) prejudicaram a oferta de oxigênio ao bebê.

As pesquisas também apontam que atividades físicas de até 1 hora não oferecem risco de elevação excessiva da temperatura corporal, fator que poderia oferecer complicação à gestante e ao feto. Com relação à frequência, há algumas décadas, recomendava-se limitar a três sessões semanais, mas atualmente a orientação é de que é possível se exercitar entre três e cinco vezes por semana. Ainda de acordo com os estudos, não há restrição quanto ao tipo de atividade a ser praticada.

O histórico da atleta também é muito importante. Sempre levando em conta o aval do médico, é possível dizer que, se a gestante já corria antes da gravidez, a chance de poder continuar treinando é maior. Quanto mais condicionada, mais tranquilo será esse processo.


Já para mulheres que começaram a correr há pouco tempo ou não têm muito condicionamento, minha orientação é pegar bem leve pelo menos nos três primeiros meses da gravidez. Para aquelas que estão pouco ou mal condicionadas, até um trote pode ser excessivo. Lembrando sempre que o treinador tem que atuar de acordo com as recomendações médicas.

A corredora deve ainda evitar percursos mal iluminados, esburacados e até mesmo o sobe e desce das calçadas. A última coisa que queremos é uma queda. Assim, a esteira pode acabar sendo uma alternativa mais segura nessa hora.

Por fim, gostaria de lembrar a gravidez de uma profissional de educação física que pode inspirar as mamães. Ela tinha um excelente condicionamento e manteve uma rotina de treinos equilibrada durante a gestação. Engordando praticamente apenas o peso do bebê, deu à luz de parto normal a uma criança saudável.

Mário Sérgo Andrade Silva é diretor técnico da assessoria esportiva Run & Fun e técnico pentacampeão da Maratona Disney em 1998, 1999, 2000, 2001 e 2002.

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