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Rússia forneceu mísseis antiaéreos à Coreia do Norte em troca de tropas, diz diretor sul-coreano

Kim Jong Un e Vladimir Putin assinaram tratado de parceria estratégica que obriga países a prestar assistência militar 'sem demora' em caso de ataque a um deles

Agência o Globo
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Publicado em 22 de novembro de 2024 às 08h32.

A Rússia forneceu mísseis antiaéreos à Coreia do Norte em troca do envio de tropas para apoiar Moscou na guerra contra a Ucrânia, disse nesta sexta-feira o diretor de segurança nacional da Coreia do Sul. Os Estados Unidos e a Coreia do Sul acusaram Pyongyang de enviar mais de 10 mil soldados para ajudar a Rússia na guerra na Ucrânia. Alguns especialistas apontam que o líder norte-coreano Kim Jong-Un queria em troca obter tecnologia avançada e experiência de combate para suas tropas.

"Foi detectado que equipamentos e mísseis antiaéreos foram enviados à Coreia do Norte com a intenção de reforçar o vulnerável sistema de defesa aérea de Pyongyang", disse Shin Won-sik, principal conselheiro de segurança de Seul, ao canal de televisão SBS.

Shin respondeu assim a uma pergunta sobre o que Seul achava que Pyongyang havia recebido em troca do envio de suas tropas. Os especialistas apontaram que, em troca de tropas, Pyongyang pretende provavelmente adquirir tecnologia militar, desde satélites de vigilância a submarinos, além de possíveis garantias de segurança de Moscou.

O líder norte-coreano, Kim Jong-Un, e o presidente russo, Vladimir Putin, assinaram um tratado de parceria estratégica em junho. O texto obriga ambos os países a prestar assistência militar "sem demora" em caso de ataque a um deles e a cooperar internacionalmente para enfrentar as sanções ocidentais.

A ministra das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Choe Son Hui, visitou recentemente Moscou e disse que seu país "apoiará firmemente" a Rússia "até o dia da vitória". Coreia do Norte e Rússia estão sujeitas a sanções da ONU; Pyongyang pelo seu programa de armas nucleares e Moscou pela guerra na Ucrânia.

O envio de tropas norte-coreanas provocou uma mudança de tom por parte de Seul, que resistiu aos apelos para enviar armas para Kiev, mas recentemente indicou que poderia mudar a sua política.

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