Tecnologia

Zuckerberg fala de privacidade, "A Rede Social" e sua camisa

CEO do Facebook participou de sua primeira sessão pública de perguntas e respostas


	Mark Zuckerberg: CEO do Facebook disse que esperava aprender com as perguntas das pessoas
 (Udit Kulshrestha/Bloomberg)

Mark Zuckerberg: CEO do Facebook disse que esperava aprender com as perguntas das pessoas (Udit Kulshrestha/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2014 às 15h07.

O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, subiu no palco ontem na sede da rede social para sua primeira sessão pública de perguntas e respostas e disse que esperava aprender com as perguntas das pessoas.

A plateia não se conteve. Eis os destaques da sessão de uma hora.

Facebook Messenger

Neste ano, o Facebook obrigou as pessoas que queriam usar seu produto de mensagens a fazer o download de um aplicativo separado, o que gerou dúvidas sobre a privacidade em relação às permissões do aplicativo.

É natural, portanto, que a primeira pergunta tenha sido por que o Facebook exigiu isso. Zuckerberg já esperava esse questionamento.

“Vamos direto ao ponto!”, disse ele com uma risada incômoda.

Enviar mensagens é “uma das poucas coisas que as pessoas fazem mais do que navegar pelas redes sociais”, disse ele. Haveria uma “fricção” excessiva se as pessoas perdessem segundos valiosos clicando em mensagens dentro do aplicativo principal do Facebook.

“Precisávamos desenvolver uma experiência dedicada e focada”, disse ele.

Zuckerberg reconheceu que o Facebook ainda precisa se empenhar para conquistar a confiança dos usuários do Messenger, depois que as condições do serviço da empresa foram criticadas por exigir demais.

“É possível que a gente não tenha lidado com isso tão bem quanto poderíamos”, disse ele.

Muitas curtidas

As pessoas estão bastante chateadas pelo fato de que as “curtidas” que elas passaram anos tentando acumular em suas páginas de fãs já não ajudem os conteúdos a chegarem a tantos usuários quanto antes.

Se páginas comerciais quiserem ter o mesmo alcance, o Facebook recomenda comprar anúncios – o que as empresas consideram injusto, pois antes elas conseguiam isso gratuitamente.

Zuckerberg disse que sente “empatia” pelas pessoas que tentam desenvolver suas empresas com curtidas.

“Sabemos como é ser uma empresa e realmente nos importamos muito com as distintas mudanças no nosso produto e com o modo em que elas afetam as empresas que utilizam as páginas de fãs”, disse ele.

As empresas têm que concorrer com os outros conteúdos no Facebook, uma vez que o serviço se popularizou. O algoritmo poderia mostrar a cada usuário cerca de 1.500 histórias possíveis.

Zuckerberg disse que quando contrasta as necessidades das empresas com as dos usuários, sempre dá prioridade às necessidades dos usuários. Ele mencionou duas vezes que uma publicação sobre “o bebê de um amigo, que está saudável” é algo importante demais para que se perca num mar de conteúdos, então o algoritmo do Facebook prioriza isso.

Aquele filme

Quando perguntaram a Zuckerberg se o filme “A Rede Social”, de 2010, tinha alguma coisa a ver com o modo em que a empresa realmente começou, ele ficou um pouco acabrunhado.

“Meio que bloqueei isso da minha mente”, disse o CEO.

Zuckerberg disse que o filme exagerou os acontecimentos, que ele não bebe martínis de maçã e que nunca conheceu os roteiristas do filme. Ele disse que se encontrou com “o cara que me interpretou no filme”, o ator Jesse Eisenberg, uma vez.

“Tentei ser legal”, disse Zuckerberg.

Camiseta cinza

Perguntaram a Zuckerberg por que ele sempre usa a mesma camiseta cinza.

“Sinto que não estou fazendo meu trabalho se eu perder tempo com besteiras ou futilidades”, disse ele.

Além disso, outras pessoas já fizeram isso. Steve Jobs, um dos fundadores da Apple Inc., tinha como uniforme uma blusa preta de gola alta.

“Acho que o presidente Obama não escolhe todos os dias o que ele vai usar”, disse Zuckerberg.

Campo de treinamento

Zuckerberg disse que quer que o Facebook seja “o campo de treinamento para a próxima geração de empreendedores”. Ele disse que sente “muito orgulho quando eles vão embora para fazer outra coisa e abrem uma empresa em outro lugar”.

Quando se mudou para o Vale do Silício, há cerca de uma década, ele não achava que o Facebook realmente se tornaria um dos grandes nomes da tecnologia.

“Eu não queria construir uma empresa e não sabia nada sobre construir empresas”, disse ele. “Eu pensava: ‘talvez um dia eu construa algo que se torne uma empresa’”.

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