Tecnologia

Zuckerberg diz que Facebook está passando por "mudança filosófica"

O magnata da internet de 33 anos foi interrogado em uma audiência conjunta dos comitês de Comércio e Judiciário do Senado dos Estados Unidos

Mark Zuckerberg: fundador do Facebook está lutando para provar aos críticos que ele é a pessoa certa para liderar o que se tornou uma das maiores empresas do mundo (Leah Millis/Reuters)

Mark Zuckerberg: fundador do Facebook está lutando para provar aos críticos que ele é a pessoa certa para liderar o que se tornou uma das maiores empresas do mundo (Leah Millis/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 10 de abril de 2018 às 20h16.

Washington/San Francisco - O presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, disse a senadores norte-americanos nesta terça-feira que a empresa está tentando mudar tendo em vista as recentes críticas, em uma tentativa de impedir qualquer legislação voltada para a maior rede social do mundo.

O magnata da internet de 33 anos foi interrogado em uma audiência conjunta dos comitês de Comércio e Judiciário do Senado dos Estados Unidos sobre uma série de questões, desde o tratamento de supostas tentativas russas de interferência eleitoral até a privacidade do consumidor e discurso de ódio.

"Estamos passando por uma ampla mudança filosófica na empresa", disse Zuckerberg, vestindo um terno escuro e gravata em vez de sua típica camiseta e jeans.

John Thune, presidente do comitê de Comércio, Ciência e Transporte do Senado dos EUA, adotou um tom opositor em seus comentários iniciais.

"No passado, muitos dos meus colegas nos dois lados do corredor estavam dispostos a aceitar os esforços das empresas de tecnologia para se auto regularem. Mas isso pode estar mudando", disse ele.

Do lado de fora do prédio do Capitólio, que abriga o Congresso, o grupo de protesto online Avaaz montou 100 recortes de tamanho natural de Zuckerberg vestindo camisetas com as palavras "Fix Facebook".

O Facebook enfrenta uma crescente crise de confiança entre usuários, anunciantes, funcionários e investidores depois de reconhecer que até 87 milhões de pessoas, a maioria nos Estados Unidos, tiveram suas informações pessoais coletadas no site pela Cambridge Analytica, uma consultoria política que trabalhou para a campanha presidencial de Donald Trump.

A empresa também está lutando para lidar com notícias falsas e supostas interferências estrangeiras em eleições, revelando em setembro que russos sob nomes falsos usaram a rede social para tentar influenciar os eleitores nos meses antes e depois da eleição de 2016, escrevendo sobre assuntos controversos e comprando anúncios.

Em fevereiro, o procurador especial dos EUA, Robert Mueller, acusou 13 russos e três empresas russas de interferirem na eleição ao semear discórdia nas mídias sociais.

Zuckerberg, que fundou o Facebook em seu dormitório na Universidade de Harvard em 2004, está lutando para provar aos críticos que ele é a pessoa certa para liderar o que se tornou uma das maiores empresas do mundo.

Na sexta-feira, Zuckerberg deu seu apoio à proposta de legislação exigindo que os sites de mídia social divulguem as identidades dos compradores de anúncios de campanhas políticas online.

As ações do Facebook subiram 4,5 por cento nesta terça-feira, maior alta percentual diária desde abril de 2016.

Acompanhe tudo sobre:Cambridge Analyticaempresas-de-tecnologiaFacebookmark-zuckerbergRedes sociais

Mais de Tecnologia

Black Friday: 5 sites para comparar os melhores preços

China acelera integração entre 5G e internet industrial com projeto pioneiro

Vale a pena comprar celular na Black Friday?

A densidade de talentos define uma empresa de sucesso; as lições da VP da Sequoia Capital